Contributo para o conhecimento dos problemas fitossanitários em diferentes espécies de cameleiras (Caméllia L.) na Ilha de São Miguel

Autor: Costa, Carina Amaral
Přispěvatelé: Lopes, David João Horta, Cabrera Pérez, Raimundo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: CIÊNCIAVITAE
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
Popis: Dissertação de Mestrado, Engenharia Agronómica, 16 de Junho de 2014, Universidade dos Açores. A cameleira é uma planta ornamental com longa tradição de cultivo em Portugal Continental e nos Açores, em particular na Ilha de São Miguel. Tal como acontece com a maioria das espécies vegetais, também a cameleira é hospedeira de inúmeras pragas e doenças que afetam negativamente o seu desenvolvimento fenológico. Como tal, torna-se fundamental ter conhecimento dos problemas fitossanitários que afetam as diferentes espécies de cameleiras, de modo a poder identificá-los antecipadamente e proceder da forma mais correta na sua proteção fitossanitária. Este estudo realizado no Parque Terra Nostra, com o intuito de contribuir para um maior conhecimento fitossanitário das cameleiras da Ilha de São Miguel, realizou-se entre Agosto de 2010 e Dezembro de 2012, e teve como principal objetivo a prospeção das pragas e doenças existentes em quatro espécies distintas de cameleiras: Camellia japonica Linnaeus (1753), Camellia reticulata Lindley (1827), Camellia sasanqua Thunb. (1784) e em híbridos (Camellia Híbrida). As pragas identificadas foram, o afídeo Toxoptera aurantii (Boyer Fonscolombe, 1841); as cochonilhas Chrysomphalus dictyospermi (Morgan, 1889), Fiorinia fioriniae (Targioni Tozzetti, 1867), Coccus hesperidium (Linnaeus, 1758) e Planococcus citri (Risso, 1813); e os tripes Heliothrips haemorrhoidalis (Bouché, 1833), Hercinothrips bicinctus (Bagnall, 1919) e Thrips flavus (Schrank, 1776). Embora tenham sido observados sintomas de ácaros fitófagos em algumas das cultivares de cameleiras em estudo, apenas foi possível identificar os ácaros fitoseídeos Amblyseius andersoni (Chant, 1957) e Amblyseius herbicolus (Chant, 1959), com particular importância pela sua utilização na limitação natural de ácaros fitófagos, prejudiciais às cameleiras. Os fungos encontrados, com interesse económico, foram: Glomerella cingulata (Stoneman) Spauld. & H. Schrenk, (1903), Glomerella acutata Guerber & J. C. Correll (2001), Phomopsis sp., Pestalotiopsis heterocornis (Guba) Y.X. Chen, Pestalotiopsis neglecta (Thüm.) Steyaert, Monochaetia camelliae Miles, 1926, Ciborinia camelliae L. M. Khon, Exobasidium camelliae Shirai, Armillaria sp. e Botrytis cinerea Pers. Quanto aos resultados, em relação às pragas encontradas, verificou-se, no mês de Maio, uma maior presença de afídeos nas cameleiras em estudo, e as espécies mais afetadas por esta praga foram a Camellia reticulata e a Camellia japonica. As populações de cochonilhas foram mais elevadas nos meses de Janeiro, Fevereiro e Abril e espécie Camellia reticulata foi, também, a mais atacada. As espécies Camellia reticulata e Camellia Híbrida foram mais atacadas por tripes no mês de Setembro, com médias de capturas mensais, nas placas cromotrópicas, de 18,67 e 20,17 respetivamente, enquanto que as espécies Camellia japonica e Camellia sasanqua foram mais afetadas em Outubro, com médias respetivas de 17,17 e 19,33. Agosto foi o mês que, no total, obteve uma maior percentagem de folhas ocupadas por ácaros (13,75%). Em relação aos fungos, a espécie Camellia sasanqua foi a que obteve uma maior incidência dos diferentes fungos encontrados, com interesse económico e, no geral, para todas as cameleiras em estudo, os fungos mais incidentes foram fungos do género Glomerella sp. e espécie Ciborinia Camelliae. ABSTRACT: The Camellia shrub is an ornamental plant with a long history of presence in mainland Portugal and the Azores Archipelago, to be more precise in São Miguel Island. As with all other species, the Camellia shrub is also a host to several pests and diseases with great negative impact on its growth. Therefore, given its wide ornamental use all over the Island, it’s important to get a deeper knowledge of its main phytosanitary problems in order to better identify its potential problems in time for any kind of treatment. This study, started in August 2010 in Terra Nostra Garden, has the main goal to achieve better phytosanitary knowledge in four different species of this shrub in São Miguel Island, Azores: Camellia japonica Linnaeus (1753), Camellia reticulata Lindley (1827), Camellia sasanqua Thunb. (1784) and hybrids (Camellia Hybrid). The identified pests were, the aphid Toxoptera aurantii (Boyer Fonscolombe, 1841); the mealybugs Chrysomphalus dictyospermi (Morgan, 1889), Fiorinia fioriniae (Targioni Tozzetti, 1867), Coccus hesperidium (Linnaeus, 1758) and Planococcus citri (Risso, 1813); and thrips Heliothrips haemorrhoidalis (Bouché, 1833), Hercinothrips bicinctus (Bagnall, 1919) and Thrips flavus (Schrank, 1776). Although symptoms of phytophagous mites have been observed in some cultivars of camellias, in the study it was only possible to identify the phytoseiid mites Amblyseius andersoni (Chant, 1957) and Amblyseius herbicolus (Chant, 1959), with particular importance for its use as natural control of phytophagous mites, harmful to camellias. The fungi found, with economic interest, were: Glomerella cingulata (Stoneman) Spauld. & H. Schrenk (1903), Glomerella acutata Guerber & J. C. Correll (2001), Phomopsis sp., Pestalotiopsis heterocornis (Guba) Y.X. Chen, Pestalotiopsis neglecta (Thüm.) Steyaert, Monochaetia camelliae Miles, 1926, Ciborinia camelliae L. M. Khon, Exobasidium camelliae Shirai, Armillaria sp. and Botrytis cinerea Pers. From the results, in relation to the pests found, May was the month with the greatest presence of aphids on camellias in the study, and the species most affected by this pest were the Camellia reticulata and Camellia japonica. The populations of mealybugs were higher in January, February and April and the Camellia reticulata was the most attacked species. Both species Camellia reticulata and Camellia Hybrid were more attacked by thrips in September, with an average of monthly catches, in yellow and blue sticky traps, of 18.67 and 20.17 respectively, while the species Camellia japonica and Camellia sasanqua were more affected in October, with averages of 17.17 and 19.33 respectively. August was the month with the highest percentage of leaves occupied by mites (13.75%). Regarding the fungi, it was Camellia sasanqua species which showed the highest incidence of different fungi found, of economic interest, and in general for all camellia study, Glomerella sp. and Ciborinia camelliae were the most incident fungi.
Databáze: OpenAIRE