Geodiversidade e Patrimônio Geológico de Salvador: Uma diretriz para a geoconservação e a educação em Geociências

Autor: Pinto, Acacia Bastos Couto
Přispěvatelé: Rios, Débora Correa, Brilha, José Bernardo R.
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2015
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFBA
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
Popis: Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-02-21T00:07:04Z No. of bitstreams: 1 Acacia.pdf: 78282710 bytes, checksum: 59b8b9b0f473b705d9ed47afe5208d7d (MD5) Made available in DSpace on 2017-02-21T00:07:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Acacia.pdf: 78282710 bytes, checksum: 59b8b9b0f473b705d9ed47afe5208d7d (MD5) A Geoconservação é um conceito recente. Este novo paradigma dentro das Geociências tem ganhado espaço no meio acadêmico e aos poucos alcançado a sociedade como um todo. A informação leva ao conhecimento, consciência crítica, e a ações mais racionais diante do meio ambiente. Há menos de duas décadas e de forma ainda tímida essa filosofia começou a tornar-se expressiva no Brasil. A partir daí, notou-se nos simpósios e congressos pelo país um crescente interesse nessa nova linha de pesquisa - Patrimônio Geológico, Geoconservação e Geoturismo. Esta Tese vem, portanto, somar às iniciativas e trabalhos recentemente desenvolvidos, com enfoque na região Nordeste do país, através do inventário e quantificação do patrimônio geológico da primeira capital do país: Salvador A cidade de Salvador, além da incontestável importância histórico-cultural, possui relevância geológica, inclusive a nível internacional. Diante disso, realizou-se o inventário e quantificação dos geossítios - Conglomerados de Monte Serrat, Falha Geológica, Dobras da Praia da Barra, Diques Máficos da Praia de Jardim de Alah, utilizando o Programa Geossit da CPRM. Os resultados demonstram que os Recifes de Corais da Praia do Forte possuem relevância internacional, enquanto os outros geossítios inventariados foram reconhecidos como de relevância nacional. Isto justifica a urgência de ações que levem à conservação e divulgação deste patrimônio. Buscando associar valores a estes geossítios para melhor disseminar o conhecimento geológico e alcançar públicos diversos, optou-se também por inventariar elementos geológicos ex situ - elementos da geodiversidade tais como as rochas ornamentais, o ouro e os fósseis de igrejas do Centro Histórico - utilizados em ambientes urbanos e/ou modificados por ações humanas. Estes pontos foram selecionados, principalmente, pelo elemento da geodiversidade que mais os caracterizam, tal como o ouro da Igreja da Ordem Primeira de São Francisco, o arenito da bela fachada da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e o calcário lioz - com fósseis de rudistas e nerineas - das Igrejas de Nossa Senhora da Conceição da Praia e da Catedral Basílica Primacial de Salvador. Após inventariadas e quantificadas, as informações foram reunidas e processadas visando a elaboração de um roteiro geoturístico que propiciasse a junção dos aspectos geológicos da cidade à sua rica história e arquitetura, atrativos já conhecidos do turismo tradicional de Salvador. Gerou-se, então, um roteiro que mescla o patrimônio geológico in situ e ex situ, proporcionando ao visitante um amplo leque de opções para o contato com a geologia, aguçando a sua percepção para a importância e necessidade da geoconservação. Como legado à sociedade, durante este trabalho foram elaborados dois materiais de cunho educativo (não-formal) – o livro ilustrado “Pelas pedras do Pelô: o que nos contam as rochas em Salvador? ” e o guia “Guia Geológico digital de Salvador” – que tiveram como finalidade levar informações geológicas até então técnicas e restritas ao meio acadêmico para um público leigo nesta área do conhecimento. Com linguagem acessível, ilustrados, com textos curtos e de distribuição gratuita acredita-se que esses materiais possam contribuir na formação de um cidadão mais crítico e consciente sobre o ambiente onde vive.
Databáze: OpenAIRE