Memória e olhar como mecanismos de (re)leitura da história

Autor: Silva, Gisele Reinaldo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Zdroj: MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944; v. 2, n. 56 (2021): Literatura, história e memória na América Latina; 140-152
Moara
Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
ISSN: 0104-0944
Popis: In this article, we will address the inseparability of experiences - look and memory - despite the modern tendency to consider them as disagreements. We believe that memory and forgetfulness are fundamental to the hierarchies of power between classes, groups and individuals that have dominated or dominate historical societies. In this bibliographic and qualitative research, we draw on the contributions of Le Goff and Nora (1995) and Le Goff (1990). In addition to these, we are guided by Weinrich (2001) and Novaes (1988). We conclude that memory is awakened both towards the future and regarding past historical symbologies and hopes. When we look towards the past, it establishes an imbalance regarding the present, when denouncing the modern fetishism, absorbed as progress, while it announces the imbalance regarding the future, presupposed as healed, in which the history would be solved and controlled by an irreproachable power, whose role would be social prophylaxis.
Abordaremos, neste artigo, a indissociabilidade das experiências – olhar e memória – a despeito da tendência moderna de considerá-las desacordes. Consideramos que a memória e o esquecimento são fundamentais para as hierarquias de poder entre as classes, grupos e indivíduos que dominaram ou dominam as sociedades históricas. Nesta pesquisa bibliográfica e qualitativa, baseamo-nos nas contribuições de Le Goff e Nora (1995) e de Le Goff (1990). Além destes, pautamo-nos em Weinrich (2001) e em Novaes (1988). Concluímos que a memória se desperta tanto em direção ao futuro quanto a respeito das simbologias e esperanças históricas passadas. Já o olhar, ao despertar-se em direção ao passado, instaura um desequilíbrio a respeito do presente, ao denunciar o fetichismo moderno, absorvido como progresso, da mesma forma que anuncia o desequilíbrio a respeito do futuro, pressuposto como curado, em que a história estaria solucionada e controlada por um poder irrepreensível, cujo papel seria de profilaxia social.
Databáze: OpenAIRE