Grandes incêndios florestais de março, junho e outubro (fora do período crítico) em Portugal continental
Autor: | Fernandes, Sofia, Lourenço, Luciano |
---|---|
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2018 |
Předmět: | |
Zdroj: | Territorium; No. 26(II) (2019): Forest Fires-in the aftermath of 2017; 15-34 Territorium; N.º 26(II) (2019): Incêndios Florestais-no rescaldo de 2017; 15-34 |
ISSN: | 0872-8941 1647-7723 |
DOI: | 10.14195/1647-7723_26-2 |
Popis: | Large forest fires in mainland Portugal are not limited to the months of July, August and September, though they are more frequent then. They have also occurred immediately before and after these months, that is, in June and October, and even in March, as happened with the most recent major fires recorded outside the critical period, namely in 2011, 2012 and, in particular, in 2017. The present study examines the regional incidence of this type of occurrence in Portuguese territory and the trend after 1980. It also looks at how meteorological conditions contribute to these situations by checking for possible similarities in the conditions in place in the most critical years. The results show that for the past decade, there has been a worsening of the risk of forest fire outside the critical period in mainland Portugal, particularly in the Central Region, notably in the Guarda and Coimbra districts. This worsening of the risk is in part a reflection of the intensification of certain meteorological conditions that has been occurring since the beginning of this century. It is therefore crucial that the resources to fight forest fires are suited to the weather, that is to say, when conditions are expected to be favourable to the outbreak and spread of forest fires in the territory. Em Portugal Continental, os grandes incêndios florestais não se limitam aos meses de julho, agosto e setembro, quando são mais frequentes, uma vez que também ocorreram imediatamente antes e após esses meses, ou seja, respetivamente em junho e outubro, e, ainda, no mês de março, como o demonstram os mais recentes grandes incêndios registados fora do período crítico, designadamente nos anos de 2011, 2012 e, muito em particular, de 2017. O presente estudo visa averiguar a incidência regional deste tipo de ocorrência no território português, bem como a sua evolução após o ano de 1980 e, ainda, verificar o contributo das condições meteorológicas para estas situações, através da análise da existência de eventuais similitudes nas condições meteorológicas verificadas nos anos mais críticos. Os resultados obtidos mostram que, desde da última década, se verificou um agravamento do risco de incêndio florestal fora do período crítico em Portugal Continental, nomeadamente na região Centro e com particular relevância nos distritos da Guarda e de Coimbra. Este agravamento do risco é, em parte, o reflexo da intensificação de certas condições meteorológicas que se têm vindo a registar desde o início deste século. Por isso, é fulcral que o dispositivo de combate seja ajustado às condições meteorológicas, ou seja, quando se prevê que elas sejam favoráveis à deflagração e à propagação de incêndios florestais no território. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |