Intimacy, comradeship and everyday police violence: The rape of Sophie M. in German South West Africa in 1910

Autor: Muschalek, Marie A.
Zdroj: Africa: Journal of the International African Institute (Project Muse); June 2024, Vol. 94 Issue: 1 p37-56, 20p
Abstrakt: Abstract:This article asks whether and how gendered violence was part of the quotidian activity of state building in German South West Africa. Investigating the intimate space of a police compound, it gives a micro-historical account of how interracial sexual relations unfolded there, and how policemen's private, intimate affairs were subject to close scrutiny by the colonial state. Rape – as distinctively masculine violence – posed a notably delicate problem to the legitimacy of the colonial state. The white masculine prerogative needed to be affirmed as the raison d'être of the colonial regime, but disorderly, unprofessional violence had to be controlled for the same reason. The case examined in this article was a rare moment in which an African woman attempted to take part in the discussion over the meaning of sex and violence. Ultimately, her articulation of what intimate, physical interactions meant to her was ignored. Instead, policemen articulated what masculine honour and comradeship meant to them. These discussions over what individual 'honourable' (including violent) behaviour implied were also always negotiations over the nature of colonial power and its programme.Résumé:Cet article se demande si la violence genrée faisait partie de l'activité quotidienne de construction d'État en Afrique allemande du Sud-Ouest, et comment. En étudiant l'espace intime d'un commissariat de police, il donne un récit micro-historique de la façon dont les relations sexuelles interraciales s'y déroulaient, et dont les affaires privées et intimes des policiers étaient attentivement examinées par l'État colonial. Le viol, en tant que violence typiquement masculine, posait un problème particulièrement délicat pour la légitimité de l'État colonial. La prérogative masculine blanche devait s'affirmer comme la raison d'être du régime colonial, mais la violence désordonnée et non professionnelle devait être contrôlée pour la même raison. Le cas examiné dans cet article est celui d'un moment rare au cours duquel une femme africaine a tenté de prendre part au débat sur le sens du sexe et de la violence. En fin de compte, son explication du sens qu'elle donnait aux interactions physiques intimes fut ignorée. Au lieu de cela, les policiers ont expliqué ce que signifiaient pour eux l'honneur masculin et la camaraderie. Ces discussions sur la signification d'un comportement individuel « honorable » (y compris violent) étaient aussi toujours des négociations sur la nature du pouvoir colonial et son programme.Resumo:Este artigo questiona se e como a violência de género fazia parte da atividade quotidiana da construção do Estado no Sudoeste Africano Alemão. Ao investigar o espaço íntimo de um complexo policial, o artigo faz um relato micro-histórico da forma como relações sexuais inter-raciais aí se desenrolavam e de como assuntos privados e íntimos dos polícias eram sujeitos a um exame minucioso por parte do Estado colonial. A violação – enquanto violência distintamente masculina – colocava um problema particularmente delicado à legitimidade do Estado colonial. A prerrogativa masculina branca tinha de ser afirmada como a raison d'être do regime colonial, mas a violência desordenada e não profissional tinha de ser controlada pela mesma razão. O caso analisado neste artigo foi um raro momento em que uma mulher africana tentou participar na discussão sobre o significado do sexo e da violência. Em última análise, a sua articulação do significado das interacções íntimas e físicas foi ignorada. Em vez disso, os polícias articularam o que a honra masculina e a camaradagem significavam para eles. Estas discussões sobre o que implicava um comportamento 'honrado' (incluindo violento) individual eram também sempre negociações sobre a natureza do poder colonial e do seu programa.
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