Fatores associados ao potencial inflamatório da dieta de adolescentes.

Autor: Costa da Silva, Thalita, Teixeira da Cunha França, Ana Karina, Abreu de Carvalho, Carolina, de Sousa Gomes, Renata, Izze da Silva Magalhães, Elma, Barbosa Martins Bragança, Maylla Luanna
Zdroj: Revista da Associação Brasileira de Nutrição; 2022, Vol. 13 Issue 2, p1601-1602, 2p
Abstrakt: INTRODUÇÃO A adoção dos padrões alimentares não saudáveis tem crescido especialmente entre adolescentes e pode levar a alterações metabólicas, ao desenvolvimento de uma inflamação crônica de baixo grau e doenças crônicas não transmissíveis. O Índice Inflamatório da Dieta Ajustado por Energia (IIDE) é um instrumento capaz de verificar, através da alimentação, o risco de uma população estar inflamada. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados ao potencial inflamatório da dieta de adolescentes de São Luís, Maranhão. MÉTODOS Estudo transversal realizado com 2.455 adolescentes, com 18 e 19 anos de idade, do segundo seguimento da Coorte de São Luís 1997/98, seguindo as recomendações do STROBE (Strengthening the Reportinng of Observational Studies in Epidemiology). Para avaliação do consumo alimentar foi utilizado o Questionário de Frequencia Alimentar (QFA) e determinado o IIDE. A variável desfecho foi o IIDE e as explicativas foram: sexo, escolaridade, renda, cor da pele, atividade física, modificação da dieta, hábito de fumar e tempo de tela. Para verificar associação entre as variáveis explicativas e o IIDE, variável continua, foi realizada análise de regressão linear multivariada. O nível de significância adotado foi de 5%. Os dados foram analisados no programa STATA 14.0®. O estudo de Coorte RPS de São Luís-MA, que deu origem a este artigo, foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (Parecer nº 1.302.489) e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS Houve maior prevalência de adolescentes do sexo feminno (52,4%), da cor parda (63,6%), que cursavam o ensino médio (58,6%), sedentários (45,0%), que relataram não fazer alterações na dieta nos últimos 12 meses (66,8%) e que não fumavam (96,4%) nem consumiam bebidas alcoólicas (58,5%). Apenas 9,9% passavam menos de 2 horas utilizando algum tipo de tela. A prevalência de excesso de peso, de acordo com o índice de massa corporal, foi de 20,8%. O IIDE apresentou mediana de +1,5 e média de +1,6 (DP: 1,4). Os adolescentes que fizeram alteração na dieta para perda de peso (ꞵ=-0,5; IC95%:-0,7; -0,3), que praticavam atividade física de forma moderada (ꞵ=-0,1; IC95%:- 0,2; -0,1) e alta ꞵ=-0,3; IC95%: -0,4; -0,1) e que estavam em curso pré-vestibular (ꞵ=- 0,8; IC95%: -1,5; -0,2) e faculdade (ꞵ=-0,8; IC95%: -1,4; -0,2) apresentaram menores valores do IIDE. CONCLUSÃO Os adolescentes possuíam uma dieta mais proinflamatória. Aqueles com maior escolaridade, que fizeram alteração na dieta para perda de peso e praticavam atividade física de forma moderada ou alta apresentaram dieta menos proinflamatória. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
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