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Objetivo: Índices de variabilidade da glicose estão associados ao aumento da mortalidade em crianças gravemente doentes. Avaliar a associação de hiperglicemia e hipoglicemia com tempo de internação hospitalar e mortalidade. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, realizado em crianças admitidas em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP), período de agosto de 2015 a junho de 2017, na UTIP do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), em Belém, Pará. Critérios de exclusão: permanência inferior a 24h, diagnóstico prévio de diabetes melitus ou hipoglicemia; cuidados paliativos e morte encefálica. A coleta foi realizada a partir do livro de admissões. Foi determinado o nível glicêmico na admissão, classificado em grupo 1 (<60mg/dl) grupo 2 de 60-150,mg/dl e grupo 3 com valores maiores que 150mg/dl, e associação dos grupos com os desfechos. Resultados: Houve 458 internações, foram consideradas apenas 400(87,3%). Sexo masculino (54,4%), mediana de 24 meses, P25-75 de 6-72 meses. A faixa etária mais frequente para internação foi de crianças menores de 1 ano incompletos (37.1%). Desordens infeciosas não sépticas 29,3%, seguidas de problemas respiratórios 21,4%. A sepse isoladamente apresentou uma taxa de 32,6%, sendo que destes 91,4% apresentaram sepse com choque séptico e ou disfunção múltiplas de órgãos. A glicemia média dos pacientes na admissão foi de 124,7mg/dL+\-63,8 (30-640). Verificou-se normoglicemia na admissão em 86,5% dos pacientes. A glicemia média dos não sobreviventes foi significativamente maior (207 mg/dL versus 455 mg/dL, p<0,001). Conclusão: Hipoglicemia e hiperglicemia na admissão esteve associada a aumento da mortalidade. [ABSTRACT FROM AUTHOR] |