Neuroestimulação no tratamento do acidente vascular cerebral: ensaio clínico, duplo-cego, placebo-controlado

Autor: Andrade, Suellen Mary Marinho dos Santos
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPBUniversidade Federal da ParaíbaUFPB.
Druh dokumentu: Doctoral Thesis
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
Traditional treatment after stroke includes medications and physical rehabilitation, which is generally composed of non-systematic protocols, which hinders its replicability. The transcranial direct current stimulation (tDCS) associated with a standardized physical therapy may represent an effective therapeutic alternative for these patients. The objective of this study was to analyze the effects of tDCS, combined with Constraint-induced movement therapy (CIMT) in patients in sub-acute stage of stroke. A clinical trial, placebo-controlled, double blind, randomized, was designed involving 40 patients with a diagnosis of ischemic stroke, unilateral, non-recurring. Participants were randomly assigned to 02 groups, with active stimulation and the other with placebo current. All received systematic physical therapy, based on the principles of CIMT. The intervention was applied for 10 consecutive days with current 2mA, with the anode positioned over the primary motor cortex (M1), ipsilateral to the lesion, and the cathode over the contralateral supraorbital region. Patients underwent three functional evaluations: baseline (T0), week 2 (T1) and week 4 (T2). Neuropsychological tests and safety tests were performed at T0 and T2. Regarding the total participants, 86% (n = 35) completed the protocol. The dropout was higher in the active tDCS compared to placebo, but this relationship was not statistically significant (p > 0.05). The clinical characteristics and socio demographic no differences between groups were observed. As for the primary endpoint, showed that performance in Barthel Index differ between groups (F1,38 = 9.46; p = 0.04; η2= 0.19) and over time (F2,38 =166.29; p = 0.00; η2 = 0.81), with group x time interaction (F2,38 = 24.33; p = 0.00; η2= 0.39), where participants who received active stimulation performed better than those treated with sham tDCS. Regarding secondary outcomes, spasticity, upper limb function and use of paretic limb, the same pattern was observed in relation to functional independence, where patients who receive active stimulation achieved higher scores. Regarding safety, no serious adverse effects and no deleterious effects were observed for both groups during the treatment and follow-up. Thus, the data demonstrate the efficacy and safety of active tDCS, combined with physiotherapy, in rehabilitation after stroke.
O tratamento tradicional após o acidente vascular cerebral (AVC) inclui medicamentos e reabilitação física, sendo esta, geralmente composta por protocolos não sistemáticos, o que dificulta sua replicabilidade. A estimulação transcraniana por corrente direta (ETCC), associada a um programa de fisioterapia padronizado, pode representar uma alternativa terapêutica eficaz para estes pacientes. O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos da ETCC em pacientes no estágio sub-agudo do AVC. Foi desenvolvido um ensaio clínico, placebo-controlado, duplo-cego e aleatorizado, envolvendo 40 pacientes, com diagnóstico de AVC isquêmico, unilateral, não-recorrente. Os participantes foram randomizados a 02 grupos, um com estimulação ativa e outro com corrente placebo. Todos receberam tratamento fisioterapêutico sistemático, fundamentado nos princípios da terapia de restrição e indução ao movimento TRIM. A intervenção foi aplicada durante 10 dias consecutivos, com corrente de 2mA, sendo o ânodo posicionado sobre o córtex motor primário (M1), ipsilateral à lesão, e o cátodo sobre a região supra-orbital contralateral. Os pacientes passaram por três avaliações funcionais: linha de base (T0), semana 2 (T1) e semana 4 (T2). Testes neuropsicológicos e testes de segurança foram realizados em T0 e na semana T2. Em relação ao total de participantes, 86% (n=35) completaram o protocolo. O dropout foi maior no grupo de ETCC ativa, quando comparado ao placebo, mas esta relação não teve significância estatística (p>0,05). Quanto às características clínicas e sócio-demográficas não foram observadas diferenças entre os grupos. Quanto ao desfecho primário, demonstrou que o desempenho no Índice de Barthel diferiu entre os grupos entre os grupos (F1,38 = 9,46; p = 0,04; η2= 0,19) e em relação ao tempo (F2,38 =166,29; p = 0,00; η2 = 0,81), com interação entre grupo x tempo (F2,38 = 24,33; p = 0,00; η2= 0,39), onde os participantes que receberam estimulação ativa obtiveram melhor desempenho que aqueles tratados com ETCC simulada. Em relação aos desfechos secundários, espasticidade, função dos membros superiores e uso espontâneo do membro parético, o padrão foi o mesmo observado em relação à independência funcional, onde maiores escores foram alcançados pelos pacientes que receberão estimulação ativa. No que se refere à segurança, não foram observados efeitos adversos graves, sendo sonolência e vermelhidão as sensações mais frequentemente observadas, e nenhum efeito cognitivo deletério foi apresentado pelos grupos durante o período de tratamento e follow-up. Dessa forma, os dados demonstram a eficácia e segurança da ETCC ativa, combinada à fisioterapia, na reabilitação de pacientes após AVC.
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