Mem?ria at?vica: a est?tica da loucura em M?rio Quintana
Autor: | Barata J?nior, Carlos Roberto Rodrigues |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2016 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFRNUniversidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN. |
Druh dokumentu: | Doctoral Thesis |
Popis: | Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-02-21T20:59:43Z No. of bitstreams: 1 CarlosRobertoRodriguesBarataJunior_TESE.pdf: 11011732 bytes, checksum: 4d363dbacacd63e4ed1103d2417e1c10 (MD5) Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-02-21T23:36:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 CarlosRobertoRodriguesBarataJunior_TESE.pdf: 11011732 bytes, checksum: 4d363dbacacd63e4ed1103d2417e1c10 (MD5) Made available in DSpace on 2018-02-21T23:36:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CarlosRobertoRodriguesBarataJunior_TESE.pdf: 11011732 bytes, checksum: 4d363dbacacd63e4ed1103d2417e1c10 (MD5) Previous issue date: 2016-09-21 Este trabalho tem como objetivo investigar as acep??es do termo ?loucura? e de seus numerosos derivados na obra do poeta Mario Quintana (1906-1994). Por pouco mais de meio s?culo, o escritor ga?cho entrela?ou insistentes imagens em um plano est?tico unificado, com vistas a questionar os conceitos de raz?o e de consci?ncia. O poema Atavismo (1977) se ofereceu para servir ao mesmo tempo enquanto ponto de partida e eixo central para nossas an?lises. Conduzido por Atavismo, este estudo observou que os termos ?loucura? e ?poesia? t?m ambos a mesma g?nese: uma mem?ria at?vica. Por isso, foi preciso que consider?ssemos as infer?ncias sobre o atavismo, conceito das ci?ncias biol?gicas relativo a um tipo especial de mem?ria e, tamb?m, a mem?ria ela mesma. Na redund?ncia proposital formada pelo adjetivo ?at?vica? e pelo substantivo ?mem?ria?, o poeta nos induz ? percep??o de que a discuss?o sobre a loucura/poesia orbita em torno de um problema coletivo, isto ?, social, em sua rela??o com os tempos e com os valores dos tempos. A compreens?o assumida ? a de que o(s) termo(s) loucura/poesia se erige(m) como ant?tese de formas espec?ficas das configura??es sociais vigentes, sejam elas pol?ticas, art?sticas, econ?micas ou culturais. ?, na busca do entendimento dessa ant?tese, que apregoa formas mais espont?neas de vida que este trabalho finaliza seus esfor?os, apurando as figuras e recursos est?ticos com os quais o poeta incorporou seu intento: a crian?a, o louco, Trebizonda e outros adidos no elenco lingu?stico quintaniano. Por trabalharmos com uma po?tica bem articulada em si, a leitura interligada dos poemas de Mario Quintana se sustenta por si mesma, mas n?o se institui necessariamente herm?tica, exclusiva. Sendo esta uma pesquisa qualitativa, e n?o havendo fortuna cr?tica que verse sobre a tem?tica, a melhor forma de trabalho ?, antes de tudo, a leitura atenta dos poemas e a anu?ncia de suas pr?prias vozes. Entretanto, isso n?o impede que lancemos m?o de outros textos e elementos elucidativos que subsidiem esta pesquisa com aportes te?ricos, cr?ticos, est?ticos e filos?ficos. Dessa forma, ? de grande valia a intersec??o dos poemas com outras vozes, tais quais, S?focles (497?-406? a.C.), Shakespeare (1560?-1616), Machado de Assis (1839-1908), Mikhail Bakhtin (1895-1975), Henri Bergson (1859-1941), Maurice Halbwachs (1877-1945), Salvador Dal? (1904-1989), Jacques Le Goff (1924-), Michel Foucault (1926-1984), Ecl?a Bosi, dentre outras. Tais vozes impulsionam apontamentos cr?ticos mais ricos acerca de uma obra brasileira propagada durante uma vida inteira em defesa de uma humanidade al?m da l?gica cartesiana. This work aims to investigate the meanings of the trope ?madness? and its many derivatives in the work of the Brazilian poet Mario Quintana (1906-1994). The Southern poet worked for over half a century with an aesthetic unified plan, like a tapestry of recurring images, in an attempt to question the concepts of reason and conscience. The poem Atavismo (1977) offers itself as a central axle to our analysis. Guided by Atavismo, this study observed the terms ?madness? and ?poetry? have the same genesis: an atavistic memory. In order to do so, it was necessary to consider inferences about atavism, a concept from Biology concerned to a special type of memory and about memory itself. Because its redundant insistence with the adjective ?atavist? as an attribute of memory, the poet lead us to the perception that the discussion about madness/poetry turns around a collective problem, that is a social problem in relation with time and the values of time. The comprehension is that the terms madness/poetry are built as an antithesis of specific social settings like political, artistic, economic and cultural backgrounds. Trying to achieve a comprehension of such antithesis that defends more spontaneous ways of life, his work walks towards its end analyzing the tropes and aesthetical resources with which the poet embodied his plan: the child, the madman, Trebizon and other attach?s in the Quintanian linguistic cast. Since we have been working with a very articulated poetics, a connected reading of the poems is desirable, which does not mean hermetic or exclusive. However, this approach does not prevent lay hold of other texts and explanatory elements that support this research with theoretical, critical, aesthetic and philosophical contributions. Therefore, the intersection of the poems with the voices of texts like Sophocles (497?-406? BC), William Shakespeare (1560?-1616), Machado de Assis (1839-1908), Mikhail Bakhtin (1895- 1975), Henri Bergson (1859-1941), Maurice Halbwachs (1877-1945), Salvador Dal? (1904-1989), Jacques Le Goff (1924-), Michel Foucault (1926-1984), Ecl?a Bosi among others. Such voices promote richer critical notes about a Brazilian work spread over a lifetime in defense of a humanity beyond Cartesian logic. |
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