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Objetivo: verificar a relação de adesão e de barreiras na adesão à medicação com morbidades e classes de medicamentos utilizados por idosos. Métodos: estudo transversal analítico, realizado em um ambulatório de especialidades na cidade de São Paulo (SP, Brasil), entre março e novembro de 2019. A coleta de dados envolveu transcrição dos receituários e a aplicação do teste de Morisky Green e do Brief Medical Questionnaire (BMQ). Para análise foram utilizados os testes de Razão de Verossimilhança e o Exato de Fisher (p < 0,05). Resultados: participaram 117 idosos. Não foi observada relação entre adesão à farmacoterapia e morbidades ou classes de medicamentos. Foi encontrada associação entre barreiras para adesão nas três dimensões do BMQ e número de medicamentos (p < 0,0001); entre barreiras de regime terapêutico e analgésicos (p = 0,020); entre barreira de crenças e analgésicos (p = 0,034) e diuréticos (p = 0,037); e entre barreiras de recordação e anti-hipertensivos (p = 0,0004), estatinas (p = 0,0024) e antidiabéticos orais (p = 0,0134). Conclusão: idosos apresentam barreiras de distintas naturezas para adesão à medicação. Notadamente as barreiras de crenças e de recordação estão associadas à diferentes classes medicamentosas, tais como os anti-hipertensivos, diuréticos, estatinas, antidiabéticos orais e analgésicos e anti-inflamatórios. |