Canetas análogas de insulina: reciclagem inovadora e avaliação farmacoecômica.

Autor: Pedro Henrique Macedo Moura, Eloia Emanuelly Dias Silva, Ronaldy Santana Santos, Pamela Chaves de Jesus, Leticia Milena Machado dos Santos, Deise Maria Rego Rodrigues Silva, Maria Rita Sotero Corcinio, Lysandro Pinto Borges
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 8, Iss s. 2 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-7323
2525-5010
DOI: 10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.96
Popis: Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta dispositivos de aplicação de insulina para pacientes que convivem com Diabetes Mellitus (DM), através do Centro de Atenção à Saúde (CASE). Contudo, há a carência de educação em diabetes, resultando na utilização errônea do medicamento. Além do gasto para aquisição dos medicamentos, existe também o gasto para descarte do material. Proveniente desta situação, surge o projeto “Insulinadiamor” que visa a reutilização do plástico das canetas de insulina para transformar em caneta esferográfica. Objetivos: Reutilizar as canetas de insulina e avaliar a sua farmacoeconomia, evidenciando a importância da educação em diabetes. Material e Método: O projeto “Insulinadiamor” foi uma pesquisa de campo, realizada de janeiro a dezembro de 2022, com intuito de recolher as canetas de insulina vazias entregues aos pacientes mensalmente no CASE, através do protocolo de devolução. Sendo uma parceria desse órgão, com o Laboratório de Bioquímica Clínica (LABIC), Universidade Federal de Sergipe e a Secretaria de Estado da Justiça. Após a coleta, no LABIC, elas seguem as etapas de triagem: separação por tipo e integridade da caneta, contabilização da quantidade que retorna cheia e vazia (Estudo de farmacoeconomia) e higienização: onde ficam submersas em álcool 70° para desinfecção. Logo após, são levadas ao sistema prisional para as detentas desmontarem a caneta de insulina e montarem a caneta esferográfica. Resultados: O projeto recolheu 24.165 canetas, Glargina (n=13.090), com média mensal de (1.090,8±90.33); Degludeca (n=4.397) com média mensal de (366,4±35,67); Detemir (n=2.808) com média mensal de (1.090,8±27,21); Asparte (n=3.870) com uma média mensal de (322,5±33,86). Contribuindo, então, para uma redução de R$4.887,93 do valor gasto pelo estado com o descarte. Em detrimento da triagem, foi perceptível que 3.541 canetas estavam cheias, correspondendo a 14,65% do total arrecadado. Sendo a insulina Glargina (n=1.900) com média mensal (158,33±14,32); Degludeca (n=1.002), com média mensal de (83,5±5,99); Detemir (n=153), com média mensal de (12,75±4,27); Asparte (n=486), com média mensal de (40,5±6,01). O projeto corrobora ao estado uma redução de R$48.879,20 em virtude da reutilização das canetas. Por meio da farmacovigilância, foi observado um gasto de R$183.488,94 referente ao medicamento que é descartado ainda cheio, devido o seu uso inadequado. Discussão e Conclusões: Os resíduos produzidos no tratamento da DM favorecem gastos públicos desnecessários e sérios danos ambientais quando mal administrados. Assim, é necessário promover mudanças comportamentais e sustentáveis nas relações de consumo e geração de resíduos entre gestores e os usuários do SUS. É essencial implementar consultórios farmacêuticos para que o paciente tenha educação em DM, instigando o uso correto e racional dos medicamentos. Por outro lado, projetos como o “insulinadiamor” são extremamente indispensáveis, pois possuem vertente social, ambiental e possibilitam a ressocialização.
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