ID075 Panorama quantitativo do uso de Tomógrafo Computadorizado no Sistema Único de Saúde do Brasil de 2019 a 2022

Autor: Gaspar Domingos Luís, Lorena Pozzo
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 9, Iss s. 1 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-7323
2525-5010
DOI: 10.22563/2525-7323.2024.v9.s1.p.63
Popis: Introdução O monitoramento do uso de equipamentos de alta complexidade de acordo com os princípios do SUS é fundamental para a gestão de tomada de decisão para o atendimento das demandas da população. O presente trabalho pretendeu mostrar o uso de Tomógrafo Computadorizado (TC) considerando sua localização geográfica, quantidade, empresas fornecedoras, tipos de procedimentos disponíveis e os aprovados a nível regional e de Unidade da Federação no decorrer do período pré, durante e pós-pandemia de Covid-19. Métodos Trata-se de estudo descritivo e retrospectivo usando bases de dados públicas. Foram consultados o Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM (SIGTAP), o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA). Foram verificados os procedimentos que podem ser ressarcidos, número de equipamentos em uso e a quantidade de procedimentos aprovados no SUS durante os períodos pré-pandemia (2019), durante-pandemia (2020-2021) e pós-pandemia (2022). A população no período foi obtida na base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados Os procedimentos aprovados para ressarcimento no SUS são agrupados em três grupos: 01-Tomografia da cabeça, pescoço e coluna vertebral; 02-Tomografia do tórax e membros superiores; e 03- Tomografia do abdômen, pelve e membros inferiores. Ao longo de todo o período estudado, a região Sudeste apresentou maior número de equipamentos de TC, seguida das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. Nos períodos pré-, durante- e pós-pandemia a média nacional de TCs por 100 mil habitantes foi, respectivamente, de 2,37; 2,72 e 2,92. No período pré-pandemia, a região Centro-Oeste destacou-se com a média de 3,37 TCs por 100 mil habitantes seguida da região Sul (2,95), Sudeste (2,69), Nordeste (1,57) e Norte (1,52). Nos períodos durante- e pós-pandemia estes valores aumentaram de maneira uniforme em todas as regiões. A região Sudeste destaca-se com maior quantidade de procedimentos aprovados ao longo de todo o período, seguida pelas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Entretanto, a região Sul aprovou mais procedimentos por milhão de habitantes, seguida das regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. A quantidade de tomografias de tórax por milhão de habitantes superou a de crânio no período pandêmico. Discussão e conclusões Todas as regiões possuem ao menos um TC por 100 mil habitantes. Porém, essa distribuição não é uniforme e, apesar do aumento geral devido à pandemia de COVID-19, a diferença entre as regiões se manteve. Apesar da região Centro-Oeste possuir a maior densidade de equipamentos, é a terceira em procedimentos aprovados por milhão de habitantes. A região Sul possui o segundo maior parque tecnológico por 100 mil habitantes, mas lidera a quantidade de procedimentos aprovados por milhão de habitantes. Isto pode ocorrer devido a vários fatores como discutidos por Rocha et. al (2019) e Santos et. al (2014). As desigualdades apresentadas sugerem maior dificuldade de acesso da população a este tipo de tecnologia especialmente em algumas regiões. Isto indica a necessidade de avaliações regionais para aumentar a eficiência de uso e melhorar a sua gestão e o planejamento.
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