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Este trabalho teve como objetivo avaliar a adesão à farmacoterapia por pacientes em terapia hemodialítica atendidos em um hospital universitário. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, prospectivo, com abordagem quantitativa, que utilizou dados sociodemográficos, clínicos, o Mini Exame do Estado Mental e o Brief Medication Questionnaire. Dos 43 pacientes incluídos, constatou-se um predomínio do sexo feminino (55,8%) com idade maior que 50 anos (53,5%), estado civil solteiro (41,9%), com renda familiar de 1 a 3,5 salários mínimos (69,8) e com mais de 7 anos de estudo (67,4%). As doenças de base de etiologia indeterminadas tiveram maior prevalência (18,6%). Entre os participantes, 53,5% possuíam de 1 a 3 comorbidades (3,7 ± 2,2) e estavam a menos de 1 ano em hemodiálise (55,8%). Referente ao número de medicamentos em uso, houve diferença entre a quantidade coletada no autorrelato (5,1 ± 2) da obtida no prontuário (5,9 ± 2,4). Destes, 69,8% dos pacientes obtiveram pontuação compatível com baixa adesão conforme score total do BMQ. No domínio “Regime”, 88,4% apresentaram barreiras. No domínio “Crenças”, 27,9% pontuaram e no domínio de “Recordação”, 93% obtiveram um escore compatível com a não adesão. Não houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis sociodemográficas, porém, verificou-se uma correlação entre polifarmácia e não adesão (p=0,027). O estudo possibilitou a identificação das barreiras à adesão medicamentosa pela população em estudo como também um perfil sociodemográfico desta. |