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“O ‘Prêmio Esso' reflete uma evolução não só da Imprensa brasileira, como do próprio Brasil”. A afirmação do jornalista Wilson Figueiredo é o mote para a reflexão proposta nesse artigo, que aprofundando os questionamentos sobre os modelos de cobertura postulados no doutorado, busca discutir as modificações do fotojornalismo brasileiro dos anos 60 à atualidade. Embalado pelas profundas alterações implementadas na década de 50, o jornalismo brasileiro sob influência do modelo norte-americano mostrava uma “nova cara” representada pela fotografia de imprensa dos anos 60. O instantâneo e o testemunhal ganhavam força. Mas, nas últimas cinco décadas mudaram os equipamentos fotográficos, o suporte da imagem, o perfil do profissional, além do uso da fotografia nas páginas impressas, hoje diagramadas eletronicamente e sob forte influência das versões online. Teria sido a premiação capaz de refletir essa revolução tecnológica, que compreende inclusive a chegada do digital às imagens fotográficas? Que memória (de profissional e de país) as mais de 70 fotos ou seqüências premiadas (prêmios específicos de fotografia, menções honrosas e outras categorias) são capazes de refletir? Como os fotojornalistas premiados puderam “escrever com a luz”, como promete o título da publicação comemorativa dos 50 anos do prêmio, “uma história escrita por vencedores?”. |