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Resumo Objetivo Descrever a prevalência de enfermeiros recém-formados como segundas vítimas de eventos adversos e conhecer as condições de apoio recebidas nas instituições de saúde. Métodos Estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa, cuja população foi constituída por enfermeiros recém-formados, que aceitaram responder ao questionário online, com perguntas relacionadas à admissão na instituição, envolvimento em eventos adversos e gerenciamento da condição de segunda vítima, contatados por e-mail, intermediado pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Foi realizada a análise descritiva dos dados e teste de igualdade de proporções. Resultados A amostra final foi de 138 enfermeiros, 54,3% desconheciam o termo segunda vítima, 44,9% desconheciam a existência de protocolos institucionais para apoio emocional aos profissionais e 26,8% estiveram envolvidos em eventos adversos. Destes, 94,6% apresentaram como desfecho diante do evento o sofrimento emocional, frustração, culpa, tristeza, estresse, incapacidade, constrangimento e insegurança para realizar suas funções no trabalho; 59,5% receberam algum tipo de apoio e 21,6% receberam punição institucional. Conclusão A prevalência de enfermeiros recém-formados envolvidos em eventos adversos foi de 26,8%, e, entre os que vivenciaram esse incidente, a maioria apresentou como desfecho, sentimentos negativos e de insegurança na condução do trabalho. Após o evento, o apoio recebido partiu, na maioria das vezes, de colegas de trabalho e pessoas significativas, e, quanto ao apoio institucional, destaca-se ainda a necessidade de programas para suporte emocional, a fim de que esses profissionais superem quando se encontram na condição de segunda vítima. |