FREQUÊNCIA DAS REAÇÕES ADVERSAS EM DOADORES DE SANGUE DO VITA HEMOTERAPIA DA BAHIA

Autor: S Falcão, C Jesus, E Santos, A Santos, S Danunciação, O Santos, A Soares, A Pires
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 45, Iss , Pp S699- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2023.09.1271
Popis: Introdução: A doação de sangue consiste em um procedimento seguro, predominantemente sem complicações. De acordo com o Marco Conceitual e Operacional de Hemovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ocasionalmente algum doador poderá apresentar reações adversas. Por reação adversa entende-se a resposta não intencional do doador, associada à coleta de unidade de sangue, hemocomponente ou células progenitoras hematopoiéticas. É muito raro o doador precisar ser hospitalizado, mas pode ocorrer. Entretanto a doação de sangue não é uma atividade perigosa ou que leve risco à saúde e à vida. É um ato de solidariedade. Conforme orientação da legislação vigente, o volume de sangue total a ser coletado deve ser de 450 ml +-45 ml, aos quais podem ser acrescidos 30 ml, no máximo, para exames laboratoriais. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo a partir de outubro de 2019 até junho 2023. 54.903 doações de sangue total foram analisadas com o objetivo de verificar a frequência das reações adversas nos doadores do Banco de Sangue Vita Hemoterapia da Bahia, durante ou após o ato. Resultados: Das 54.903 doações de sangue analisadas no período (63% homens e 37% mulheres), 42.937 (78%) foram doações de 1ªvez e 11.969 (22%) foram de doadores que efetuaram mais de uma doação durante o período de estudo. Dessas doações analisadas, 1.378 eventos adversos foram observados no período, o que representa 2,5%. Do total de eventos adversos, não houve uma diferença relevante entre o sexo feminino e sexo o masculino, sendo 23,37% e 25,76% respectivamente. Foi constatado que houve prevalência de reação sistêmica/vasovagal (37%) seguida de reação local/hematoma (0,9%). Na reação vasovagal foram 513 manifestações clínicas encontradas destacando-se: tontura 88% (453), náuseas 2,14% (11), vômito 2,14% (11), palidez cutânea 1,9 % (10), desmaio 1,75% (9), hipotensão1,56% (8), convulsão 1,17% (6) e sudorese e hipertensão, 0,97% (5). As reações leves (tontura, palidez, náuseas, vômito) predominaram dentre os tipos de reações identificadas, com um total de 485 (94,5%) reações adversas; as reações moderadas (desmaio, hipotensão, hipertensão) vêm em seguida, com um percentual de 1,75%; por fim, a reação grave (convulsão) apresentou 1,17% de ocorrência. Após a doação, o doador recebe hidratação oral e é ofertado também um lanche para recuperação. São dadas orientações de como proceder no decorrer do dia e quais são as restrições exigidas e as atividades permitidas no dia da doação. Conclusão: Constatou-se que tontura, palidez cutânea, náuseas e vômito foram as manifestações clínicas mais recorrentes nas reações adversas analisadas. A equipe de enfermagem deve dar assistência diferenciada e maior atenção a estas reações, para que elas não se agravem e tragam prejuízos aos doadores. Apesar da pequena quantidade da reação local hematoma, a equipe de enfermagem também deve ficar atenta para orientar o doador sobre como proceder na prevenção do surgimento dele, e ao mesmo tempo disponibilizar um ambiente satisfatório para conforto, segurança e acolhimento visando a fidelização do doador e possibilitando a melhoria na qualidade da assistência de enfermagem prestada aos doadores de sangue.
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