Influence of left ventricular systolic function on the long-term benefit of beta-blockers after ST-segment elevation myocardial infarction

Autor: Jesús Velásquez-Rodríguez, Vanesa Bruña, Lourdes Vicent, Felipe Díez-Delhoyo, María Jesús Valero-Masa, Iago Sousa-Casasnovas, Miriam Juárez, Carolina Devesa, Francisco Fernández-Avilés, Manuel Martínez-Sellés
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Revista Portuguesa de Cardiologia, Vol 40, Iss 4, Pp 285-290 (2021)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0870-2551
DOI: 10.1016/j.repc.2020.07.017
Popis: Introduction: Beta-blockers are recommended after ST-elevation myocardial infarction (STEMI), but their benefit in patients with preserved left ventricular ejection fraction (LVEF) is unclear. Methods: Consecutive patients discharged in sinus rhythm after STEMI between January 2010 and April 2015 were followed until December 2017. Percutaneous coronary intervention (PCI) was performed in 969 (99.7%, including 112 with rescue PCI) and three (0.3%) received only thrombolytic therapy without rescue PCI. Results: Of these 972 patients, mean age 62.6±13.5 years, 212 (21.8%) were women and 835 (85.9%) were prescribed beta-blockers at discharge. Patients who did not receive beta-blockers had more comorbidities than those who did, including chronic obstructive pulmonary disease (14.6% vs. 4.2%), anemia (8.0% vs. 3.7%), and cancer (7.3% vs. 2.8%), and more frequently had inferior STEMI (75.9% vs. 56.0%) and high-grade atrioventricular block (13.1% vs. 5.3%) (all p40% (HR 0.67, 95% 95% CI 0.25-1.76, p=0.42). Conclusion: In the LVEF >40% group, the results raise reasonable doubts about the real benefit of systematic use of beta-blockers as treatment for these patients. These findings reinforce the need for large randomized clinical trials within this group of patients. Resumo: Objetivo: Os betabloqueantes são recomendados após enfarte agudo do miocárdio com elevação do segment ST (STEMI). No entanto, é pouco claro o seu benefício em doentes com fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) preservada. Métodos: Doentes consecutivos com alta hospitalar em ritmo sinusal após STEMI entre janeiro de 2010 e abril de 2015 foram seguidos até dezembro de 2017. A intervenção coronária percutânea (ICP) foi feita em 969 doentes (99,7%, inclusive 112 com ICP de recurso), os restantes 3 (0,3%) receberam apenas terapêutica trombolítica sem ICP de recurso. Resultados: Dos 972 doentes, idade média 62,6 ± 13,5 anos, 212 (21,8%) eram mulheres e 835 (85,9%) estavam a medicados com betabloqueantes no momento da alta hospitalar. Os doentes não medicados com betabloqueantes apresentaram mais comorbilidades do que os tratados com esses fármacos, inclusive doença pulmonar obstrutiva crónica (14,6% versus 4,2%), anemia (8,0% versus 3,7%) e neoplasia (7,3% versus 2,8%) e tiveram mais frequentemente STEMI inferior (75,9% versus 56,0%), bloqueio auriculoventricular de alto grau (13,1% versus 5,3%). Todos os valores corresponderam a p < 0,01. Após um seguimento médio de 49,6 ± 24,9 meses, a terapêutica com betabloqueantes no momento da alta hospitalar associou-se independentemente à mortalidade inferior (hazard ratio [HR] 0,61, intervalo de confiança [IC] 0,38-0,96, p = 0,03). Esse efeito verificou-se em 192 doentes com FEVE ≤ 40% (HR 0,57, IC 0,34-0,97, p = 0,04).No entanto, não foi clara essa vantagem em 643 doentes com FEVE > 40% (HR 0,67, IC 0,25-1,76, p = 0,42). Conclusão: No grupo com FEVE > 40%, os resultados levantam dúvidas sobre o benefício real da administração sistemática de betabloqueantes como forma de tratamento para esses doentes. Esses achados reforçam a necessidade de grandes ensaios clínicos aleatorizados sobre esse grupo de doentes.
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