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Partindo de Francis Bacon: logique de la sensation (1981), de Gilles Deleuze, nosso objetivo é determinar o papel da violência nos quadros de Francis Bacon. Em um primeiro momento, retomaremos os principais elementos da maneira com que Bacon torna visíveis forças invisíveis em sua pintura. Em seguida, elaboraremos a distinção deleuziana entre duas formas de violência, uma representativa e outra sensível. Para tanto, teremos como caso exemplar o “grito”, objeto da série de releituras que Bacon realiza do retrato de Velásquez do papa Inocêncio X. Nosso intuito é o de trazer à luz, por fim, uma leitura pouco convencional da estética baconiana: mais do que destacar das suas figuras deformadas a ausência de sentido da condição humana, trata-se de extrair delas, ao contrário, um inesperado vitalismo. |