Um mundo nunca fechado
Autor: | Hugo Antonio Lopes Martins |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Anuário de Literatura, Vol 27 (2022) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 2175-7917 1414-5235 |
DOI: | 10.5007/2175-7917.2022.e87238 |
Popis: | O presente ensaio, escrito na sequência de uma investigação académica de Mestrado em Arquitetura, visa demonstrar a importância da cultura literária no trabalho de projecto de arquitetura. Tomam-se dois exemplos concretos para ilustrar a importância desta relação. Por um lado, o plano para a Cidade Velha (Cabo Verde) coordenado por Álvaro Siza Vieira, plano que não pôde ser bem-sucedido pelo seu distanciamento às aspirações e tradições locais. Como interpretar então a história local, como compreender a relação dos habitantes com o seu habitat? A resposta que aqui se propõe é que a literatura contribui precisamente para isto: ela ensina-nos a sondar a história dos lugares. Toma-se como exemplo a obra de Agustina Bessa-Luís, salientando a relevância que certos espaços têm na sua obra, atravessando vários títulos, e portanto extravasando o universo romanesco e situando-se no campo da memória e da experiência pessoal da autora. No confronto entre estes dois entendimentos dos lugares (um, técnico e exterior, o outro, sensível e pessoal) procura-se defender a importância duma maior cultura literária no trabalho de arquitetura. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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