Ocular lesions in sickle cell disease patients from Bahia, Brazil Lesões oculares em pacientes com doença falciforme da Bahia, Brasil

Autor: Dayse Cury, Ney Boa-Sorte, Isa Menezes Lyra, Angela Dias Zanette, Humberto Castro-Lima, Bernardo Galvão-Castro, Marilda Souza Gonçalves
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2010
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Oftalmologia, Vol 69, Iss 4, Pp 259-263 (2010)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0034-7280
DOI: 10.1590/S0034-72802010000400010
Popis: OBJECTIVE: The present study aims to describe ocular alterations in sickle cell disease patients in Bahia, a Northeast state, with the highest prevalence of the disease in Brazil. METHODS: We carried out a cross-sectional study in a group of 146 (292 eyes) sickle cell disease patients (90 HBSS and 56 HBSC). Ophthalmologic examination including indirect binocular ophthalmoscopy was performed. Examination was completed by fluorescein angiography to detect retinal lesions. RESULTS: The most frequent ocular lesions identified were "vascular tortuosity" and "black sunburst". Proliferative retinopathy was found in 22 (12.2%) eyes of HBSS patients and 25 (22.3%) eyes of HBSC patients (OR=2.06; CI95%: 1.5-4.06, p=0.022); Its frequency was higher among HBSS patients aged 20-39 years, while in HBSC patients, it peaked after 40 years (35.7% and 42.8%) and dropped sharply afterwards. CONCLUSION: Proliferative retinopathy was described as early as 10 years of age in both patients groups. Proliferative sickle retinopathy can result in blindness and the knowledge of the most prevalent ocular alterations and age risk will be important to establish a protocol of ophthalmologic follow-up, in order to prevent a severe visual loss and increase patient's life quality.OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo descrever as alterações oculares em pacientes portadores de doença falciforme, na Bahia, um estado do Nordeste, que tem a maior prevalência da doença no Brasil. MÉTODOS: Nós conduzimos um estudo de corte transversal em um grupo de 146 (292 olhos) pacientes com Doença Falciforme (90 HBSS e 56 HBSC). Para exame oftalmológico foi realizada oftalmoscopia binocular indireta complementada pela retinografia fluorescente para detecção de lesões retinianas decorrentes da Doença Falciforme. RESULTADOS: As lesões mais frequentemente encontradas foram o aumento da tortuosidade vascular e "black sumburst" Retinopatia proliferativa foi encontrada em 22 (12,2%) olhos de pacientes HBSS e 25 (22,3%) olhos de pacientes HBSC (OR=2.06; CI95%: 1.5-4.06, p=0. 022); essa frequência foi maior entre os pacientes HBSS com idade entre 20 - 39 anos, enquanto que nos pacientes HBSC foi maior nos acima de 40 anos (35.7% e 42.8%), decaindo abruptamente após essa idade. CONCLUSÃO: Retinopatia proliferativa foi descrita por volta dos dez anos de idade em ambos os grupos. A prevalência da retinopatia falciforme proliferativa pode resultar em cegueira e o conhecimento das alterações oculares mais prevalentes e idade de risco destas em pacientes com Doença Falciforme será importante para estabelecer um protocolo de acompanhamento oftalmológico, para prevenir um dano visual clinicamente grave, aumentando a qualidade de vida destes pacientes.
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