O lugar das ciências sociais na saúde coletiva The place of social sciences in collective health
Autor: | Maria Andréa Loyola |
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Jazyk: | English<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2012 |
Předmět: | |
Zdroj: | Saúde e Sociedade, Vol 21, Iss 1, Pp 9-14 (2012) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 0104-1290 1984-0470 |
DOI: | 10.1590/S0104-12902012000100002 |
Popis: | Este texto retoma, em forma de questão, o tema do V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas da ABRASCO, realizado em abril de 2011 em São Paulo, e indica que o lugar das Ciências Sociais na Saúde Coletiva é - e não poderia deixar de ser - central. Diferentemente do que ocorreu na Saúde Pública, a saúde coletiva nasceu na academia, em um momento em que não mais se tratava de organizar um sistema publico de saúde, mas de ampliá-lo e estendê-lo a toda a população do país. O próprio termo "saúde coletiva" evoca o estudo da saúde de uma coletividade enquanto sistema social. Assim, a presença das ciências sociais e das ciências humanas na saúde coletiva, mais do que importante, é a base mesma, o cimento que constitui e alicerça a área. Em que pese a especificidade do campo, dada pela perspectiva social contida na palavra coletiva, é a palavra saúde que vem sendo sempre retida e utilizada nas classificações internas e externas à área, como no caso das agências de fomento; nestas, a saúde coletiva é classificada como pertencente à grande área da saúde, com todas as conseqüências que isso implica, notadamente a submissão à lógica biomédica. Como toda classificação e hierarquização, este lugar impõe às subáreas da saúde coletiva os critérios de mérito das ciências médicas, e ao mesmo tempo pode ser utilizado para desvalorizar o conhecimento produzido pelas demais disciplinas.This paper has as a starting point the theme of the V Brazilian Congress of Social Sciences in Health of ABRASCO, which took place in April 2011 at São Paulo, and states that the place of social sciences in collective health is - and it couldn't be otherwise - central. Collective health had a different birth than Public Health: it was founded at the universities, in a moment when it was not anymore the case of organizing a public health system, but, instead, of extending the existing system to all the population of the country. Even its name, Collective Health, evokes the study of a collectivity's health seen as a social system. Therefore, the presence of social sciences e of human sciences in collective health is more than important, it is its very basis, the cement that constitutes and consolidates the field. In spite of the fact that the specificity of this field is given by the social perspective brought in by the word 'collective', it is the word 'health' that is being remembered and used for internal and external classifications of this field. This is the case of funding agencies, in which collective health is classified inside the wide area of health: this position has consequences, in particular the submission to medical logics. As every classification and hierarchy definition, the situation inflicts to collective health sub-areas the same merit criteria used for medical sciences, and may, at the same time, be used to depreciate the knowledge produced by other disciplines. |
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