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A Prova Campinas 2010 foi um trabalho coletivo desafiador. Ao longo dele, fizemos interlocução com práticas cotidianas de ensino que vinham sendo realizadas na rede municipal de ensino de Campinas, bem como com os pensamentos de três destacados filósofos – Friedrich Nietzsche, Ludwig Wittgenstein e Jacques Derrida -, com o propósito de gerar dados que nos permitissem problematizar a educação escolar e as formas habituais de avaliação da aprendizagem nesse contexto. Neste artigo, apresentamos, em linhas gerais, o conjunto de ideias que potencializou os processos de concepção, elaboração e correção da prova, bem como o seu contexto de realização. A apresentação dessas ideias constitui o pano de fundo para o comentário analítico comparativo que nós faremos acerca dos modos como os estudantes que participaram da prova lidam com questões que lhes solicitam fazer usos preponderantemente normativos da linguagem – tais como os que são feitos, dentre outros, pela matemática acadêmica e escolar – e com usos preponderantemente alegóricos da linguagem, tais como os que são feitos, dentre outros, pelas diferentes modalidades de artes. |