PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE HOSPITALAR POR TRANSTORNOS FALCIFORMES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Autor: JD Werner, GT Brauns, JRDS Evangelista, MM Glatthardt, ML Kann, IC Fontoura, CS Rodrigues, GN Alencar, GVS Torres, E Bruno-Riscarolli
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S117-S118 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2024.09.197
Popis: Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade hospitalar por transtornos falciformes (TF) no estado do Rio de Janeiro entre 2013 e 2022. Material e métodos: Estudo ecológico, realizado em maio de 2024, utilizando dados públicos referentes à mortalidade hospitalar por TF no estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2013 a 2022. Os dados públicos foram obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM/SUS) as variáveis selecionadas foram: sexo e faixa etária. Não foi necessária a submissão ao Comite de Ética e Pesquisa. O programa Microsoft Excel foi utilizado para tabulação dos dados. Resultados: Ao todo foram 584 óbitos por TF no Estado do Rio de Janeiro de 2013 a 2022, sendo 261 (44,7%) no sexo masculino e 323 (55,3%) no sexo feminino. A faixa etária com maior número de óbitos no sexo masculino foi a de 20 a 29 anos (24,9%), seguida de 30 a 39 anos (16,85%), e no sexo feminino similar ao anterior a faixa etária foi entre 20 a 29 anos (21,7%), seguida da faixa etária entre 40 a 49 anos (20,12%). De 2013 a 2022, foram registrados respectivamente: 69 (11,81%), 70 (12,0%), 59 (10,1%), 69 (11,81%), 56 (9,6%), 47 (8,04%), 62 (10,61%), 47 (8,04%), 53 (9,07%), 52 (8,90%) óbitos no Rio de Janeiro, com 2014 representando o ano com maior número de óbitos registrados, sendo observado uma diminuição dos registros de óbitos a partir desse ano. Discussão: Os dados revelam padrões significativos que fornecem uma visão detalhada sobre o impacto desses transtornos na população. A mortalidade por TF é uma preocupação significativa para a saúde pública na região. A distribuição dos óbitos entre os sexos mostra uma prevalência ligeiramente maior em mulheres. A faixa etária com maior número de óbitos foi, para ambos os sexos, a de 20 a 29 anos, indicando que a mortalidade por TF é particularmente alta na faixa etária jovem adulta. Para os homens, a segunda faixa etária mais afetada foi de 30 a 39 anos, enquanto para as mulheres foi de 40 a 49 anos. Esta diferença pode refletir variações na progressão da doença ou na eficácia dos cuidados de saúde entre os sexos e diferentes faixas etárias. A variação anual dos óbitos mostra um pico em 2014, seguido por uma tendência de diminuição nos anos subsequentes, podendo ser atribuída a melhorias nos cuidados de saúde, avanços no tratamento e manejo dos TF, ou melhorias na detecção e intervenção precoce. É importante investigar mais a fundo os fatores que contribuíram para essa redução, que pode fornecer resultados valiosos para futuras estratégias de saúde pública. Conclusão: O estudo do perfil epidemiológico da mortalidade hospitalar por TF no Estado do Rio de Janeiro revela uma carga significativa da doença, com uma predominância de óbitos em jovens adultos e uma leve predominância no sexo feminino. A tendência de diminuição dos óbitos a partir de 2014 sugere que intervenções e melhorias nos cuidados de saúde possam estar contribuindo positivamente para a redução da mortalidade. Estes resultados sublinham a importância de continuar a monitorar a eficácia dos tratamentos e estratégias de gestão, bem como a necessidade de aprimorar a prevenção e o tratamento, sendo fundamental investir em políticas de saúde pública que priorizem a educação, o acesso a cuidados médicos de qualidade e a pesquisa contínua para melhorar os resultados para os pacientes afetados.
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