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este artigo visa à compreensão de Merleau-Ponty sobre a linguagem no começo da década de 50. Ou seja, visa à análise da linguagem num momento fundamental de sua experiência filosófica: num período entre sua tese de 1945 (Phénoménologie de la perception) e seus últimos escritos sobre a filosofia da carne. Veremos como o filósofo apropria-se das reflexões de Saussure, interpretando-as segundo um olhar fenomenológico, convergindo uma fenomenologia da fala com um problema claramente da sua filosofia: a intersubjetividade (que surge aqui enquanto uma intercorporeidade). O saldo dessa apropriação, como destacaremos, é um esboço da generalidade do sentir – um dos temas fundamentais em Le visible et l’invisible. |