Pós-Transplante renal intervivos: Dinâmica afetiva entre doador e receptor

Autor: Gabriela Costa Pires, Cinthia Jaqueline da Silva Cavalcanti de Santana
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Revista Subjetividades, Vol 24, Iss 2 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 23590777
2359-0777
DOI: 10.5020/23590777.rs.v24i2.e14227
Popis: A doença renal crônica é uma condição progressiva e irreversível, caracterizada pela perda lenta da função renal, que leva o paciente à terapia renal substitutiva (TRS). O transplante renal é uma das modalidades de TRS disponíveis, que pode ocorrer por meio de doador vivo ou falecido, sendo considerado a melhor opção por oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes. Nos casos de transplantes intervivos, é fundamental que sejam avaliados os aspectos físicos e psicológicos dos doadores e receptores. Por envolver relações familiares, é comum que surjam expectativas diante da realização do procedimento, algumas voltadas para mudança no relacionamento da dupla doador e receptor após o procedimento. Sendo assim, por meio de uma abordagem qualitativa, este estudo teve como objetivo compreender a dinâmica do relacionamento entre doadores e receptores após serem submetidos ao transplante renal. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 16 participantes, sendo 8 pacientes transplantados e seus 8 respectivos doadores. Para a apreciação dos dados foi utilizada a análise de conteúdo do tipo temática de Bardin. Os resultados evidenciaram duas categorias: sentimentos que influenciaram a motivação para a doação e sentimentos que repercutiram após a doação. Constatou-se que o impacto emocional do sofrimento do receptor no doador e na família, a esperança de melhoria da qualidade de vida do parente adoecido, o altruísmo e o papel do parentesco do doador foram algumas das razões atribuídas à decisão pela doação. Já a gratidão e o significado de amor conferido ao órgão recebido foram sentimentos suscitados após o transplante renal. Conclui-se que tais sentimentos envolvidos nesse processo repercutiram na dinâmica afetiva entre doador e receptor no pós- transplante, de forma a potencializar o vínculo num relacionamento que já apresentava estabilidade. Os resultados contribuem para a melhoria da assistência prestada baseada no cuidado integral desses sujeitos.
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