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O presente estudo propõe uma reflexão sobre as concepções que norteiam a organização das condições de ensino na educação infantil, com o intuito de analisar, sob a perspectiva da psicologia histórico-cultural, algumas determinações que constituem o processo de produção das queixas escolares nesse nível de ensino. Para tanto, apresenta análises de três situações que ocorreram no cotidiano de uma escola pública de educação infantil, extraídas de nossa tese de doutorado. As análises revelam as influências das concepções espontaneístas de desenvolvimento humano, as quais levam à organização de condições de ensino propícias à ocorrência de conflitos entre adultos e crianças. Por fim, aprofunda os conceitos de desenvolvimento psíquico e periodização, na perspectiva histórico-cultural com ênfase na transição entre a primeira infância e a idade pré-escolar, denominada como crise dos três anos, demonstrando incompatibilidades entre as necessidades psíquicas das crianças e a forma como as condições de ensino, apresentadas nas situações descritas, estão organizadas. |