Demanda ambulatorial em três serviços da rede pública do município do Rio de Janeiro, Brasil

Autor: Marília S. Carvalho, Eleonora d'Orsi, Enirtes C. Prates, Wálria D. M. Toschi, Tizuko Shiraiwa, Tatiana P. Campos, Érica Ell, Norma L. Garcia, Ana Paula Junqueira, Simone A. Serrão, Elda L. Tavares
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Předmět:
Zdroj: Cadernos de Saúde Pública, Vol 10, Iss 1, Pp 17-29
Druh dokumentu: article
ISSN: 0102-311X
1678-4464
Popis: A fim de se conhecer o perfil demográfico e nosológico da clientela, bem como avaliar a qualidade dos registros das consultas em prontuário, realizou-se um estudo de demanda em três serviços da rede pública dois ambulatoriais e um de urgência localizados na X Região Administrativa do município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. A amostra obtida foi de 2.029 pacientes, com 3.980 consultas realizadas no período de 1 de outubro de 1990 a 30 de setembro de 1991. Os diagnósticos foram codificados pela 9º revisão da Classificação Internacional de Doenças. Cerca de 60% dos atendimentos foram prestados a mulheres, mais de metade entre 15 e 49 anos. Crianças menores de 10 anos representaram 28% do total de atendimentos. Grande parte da demanda (38%) é formada pela população favelada da área. A qualidade dos registros da consulta em prontuário foi precária, faltando importantes informações. Os diagnósticos mais freqüentes foram classificados no capítulo XVI afecções maldefinidas, seguindo-se as doenças respiratórias, infecciosas, geniturinárias e circulatórias. Nos serviços ambulatoriais foi grande a procura por ações preventivas, como consulta de pré-natal e puericultura, inclusive na unidade que historicamente realizava apenas ações curativas. No serviço de urgência predominou o atendimento por causas externas. Entre os diagnósticos específicos mais freqüentes estão as infecções respiratórias agudas, a hipertensão arterial, problemas ginecológicos, consultas de pré-natal e doenças de pele. Não há registro de referência para outros serviços. A precariedade do registro médico traz prejuízos à assistência. A utilização destes registros, ainda que criticamente, é fundamental para melhorá-los.
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