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Este artigo apresenta e discute dados etnográficos de vivências de cerca de dez anos de atuação como profissional da psicologia em instituições prisionais. Um presídio é um universo repleto de diversidades e complexidades existenciais de pessoas que, obrigadas a conviverem em seu intramuros, precisam encontrar formas possíveis e, preferencialmente, menos conflituosas para que esta convivência aconteça. Em movimentos de aproximações antropológicas, a partir de uma etnografia entre arquivos, discutimos a presença de práticas ritualísticas no cárcere, bem como as condições da presença de mulheres em estabelecimentos prisionais masculinos, entre outros pontos, com maior destaque para aos agentes de segurança penitenciária como atores institucionais. Ao final desta jornada, assumindo a riqueza do campo e a necessidade de tomar precauções éticas na escrita, reafirmamos o desejo de que estas páginas sejam alimento para o escopo de exercícios teóricos e ações práticas sobre o sistema prisional brasileiro. |