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No universo da arte contemporânea brasileira, instituições públicas ou privadas divulgam anualmente editais voltados para jovens artistas, cujo objetivo é fomentar o seu deslocamento para espaços diferenciados de interação social e trocas, a fim de incentivar sua produção. Nas residências, o artista complementa e aprimora sua formação através de novas experiências com o entorno, desenvolvendo seu trabalho longe do ambiente de costume. Neste artigo, objetiva-se compreender como tais programas têm alterado os processos de formação e legitimação de artistas no Brasil. Para isso, são analisados os editais de seleção de três programas de residência artística: o Programa Bolsa Pampulha, promovido, desde 2003, pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, no Museu de Arte da Pampulha; a Casa B-Residência Artística, lançada em 2016 pelo Museu do Bispo Rosário Arte Contemporânea (MBRAC), no Rio de Janeiro, com incentivo da FUNARTE; e a Residência Artística Red Bull Station, iniciativa financiada pela empresa austríaca Red Bull em São Paulo, desde 2013. |