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Este trabalho tem como objetivo analisar o mercado brasileiro para produção e exportação de pellets, um biocombustível sólido, produzido através da compactação e adensamento de biomassa vegetal. O mercado para esse produto surgiu a partir da crise do petróleo em 1973 e da decisão dos países europeus de reduzirem o consumo de combustíveis fósseis, sob o argumento de que suas emissões contribuiriam para o agravamento do Efeito Estufa. Desde a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, que países da Comunidade Europeia perseguem a meta de reduzirem em até 20% suas emissões em 2020. Dentre as alternativas para alcançar esta meta está o uso crescente da biomassa como fonte de energia térmica e elétrica, em especial de biocombustíveis adensados de madeira, conhecidos por pellets. Apesar da força e tradição da indústria madeireira, os países do norte europeus, maiores consumidores de pellets, não estão conseguindo mais suprir as próprias demandas, o que vem abrindo o comércio internacional do produto a países de dentro e de fora do bloco, como os EUA e o Canadá. Através do modelo de Heckscher-Ohlin pretende-se demonstrar que, dotado de vantagens comparativas importantes em relação aos demais países produtores, estudos recentes mostram que o Brasil tem condições de participar desse comércio, alavancando suas exportações no setor madeireiro, do qual já é considerado player mundial. Para isso, no entanto, tem que superar as dificuldades provocadas pela falta de uma política de incentivo à produção de energia renovável, além de gargalos de logística que encarecem os pellets nacionais, deixando-os menos competitivos. |