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Este artigo discute masculinidade em mulheres e lesbianidade em um produto audiovisual, por meio de um exercício analítico operado sobre a personagem Nan, da minissérie televisiva Amor na Ponta da Língua (2002). Para tanto, resgata o conceito de anômalo (DELEUZE & GUATTARI, 1997) e a teoria performativa (BUTLER, 2013), de modo a possibilitar uma discussão sobre a resistência à abjeção e emergência do anômalo. A etnografia de tela (RIAL, 2004) compõe a metodologia. A partir do exercício analítico operado, Nan foi concebida como em face do anômalo, convocada a forjar uma aliança com uma personagem Drag King. Consequentemente, Nan ressignificou os limites de inteligibilidade do gênero e da sexualidade por meio do audiovisual, produzindo aquilo que nomeei, com base na teoria deleuze-guattariana, devir-sapatão. |