SÍNDROME OCULOGLANDULAR DE PARINAUD POR SPOROTHRIX SP. NO ESTADO DO PERNAMBUCO

Autor: Amanda Gabriela da Silva, Bruna Rodrigues de Sousa, Henrique Arruda de Almeida, Mariana Veríssimo de Souza, Carla Victoria Rodrigues de Moura, Maria Elenilda Paulino da Silva, Wendell Wons Neves, Caroline Louise Diniz Pereira, Thaysa Carolina Gonçalves Silva, Arthur Felipe Cavalcanti de Matos, Reginaldo Gonçalves de Lima Neto, Cláudia Elise Ferraz Silva, Camylla Carvalho de Melo
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103319- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103319
Popis: Introdução e objetivos: A Síndrome Oculoglandular de Parinaud manifesta-se como uma conjuntivite granulomatosa não supurativa, unilateral associada à linfadenopatia pré-auricular e submandibular. Classicamente é ocasionada pela bactéria Bartonella hanselae, que por sua vez apresenta a pulga do gato como principal vetor, todavia, Sporothrix spp. têm se destacado como agente etiológico. Assim, o objetivo do estudo foi descrever a ocorrência de Síndrome Oculoglandular de Parinaud causada por Sporothrix spp. em área endêmica para a esporotricose. Métodos: A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco e está sob protocolo CAAE: 52143021.5.3001.8807. Tratou-se de uma pesquisa descritiva que teve como público-alvo os pacientes atendidos no Laboratório Multiusuário de Pesquisa e Diagnóstico em Doenças Tropicais do Serviço de Dermatologia de um hospital terciário do Recife, Pernambuco, no período de 2020 a 2022. Os registros internos foram avaliados e variáveis clínico-epidemiológicas foram descritas. Resultados: Foram atendidos no local do estudo 889 pacientes, destes, 34,2% (n=304) possuíam suspeita clínica de esporotricose, com diagnóstico laboratorial confirmado para 46,1% (n=140). Dentre os pacientes com esporotricose confirmada, 15,7% (n=22) foram diagnosticados com Síndrome Oculoglandular de Parinaud, por meio de exame clínico e avaliação laboratorial das características macromorfológicas e micromorfológicas de Sporothrix spp. cultivados em Ágar mycosel. Houve maior acometimento do público feminino (63,6%; n=14/22), com uma idade média de 31,4 anos para ambos os gêneros. Quanto as ocupações declaradas pelos pacientes, 31,8% (n=7/22) eram estudantes. A Região Metropolitana do Recife abrigou o maior número de pacientes (68,0%; n=15/22). Com relação a fonte de infecção, 54,5% (n=12/22) dos pacientes referiram contato com gatos doentes, onde o espirro do felino, bem como, arranhadura e/ou mordedura são as principais formas de transmissão. Quanto ao tratamento, 54,5% (n=12/22) fizeram uso de itraconazol previamente a coleta. Conclusão: Neste contexto, a avaliação clínico-epidemiológica e laboratorial dos casos de conjuntivite granulomatosa são mandatórios para esclarecer a etiologia da infecção e proporcionar um tratamento confiável aos pacientes.
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