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Resumo O presente artigo pretende analisar como a perseguição à ociosidade foi um elemento-chave nas políticas de controle sobre o trabalho no contexto da abolição, bem como investigar como essa perseguição estava pautada pelo racismo ao atribuir aos negros uma ociosidade natural. Geralmente abordado para o período do pós-abolição, busca-se mostrar que esse é um processo anterior. Além disso, outra novidade consiste em se debater como as relações entre legislação, trabalho e raça no contexto da abolição não estiveram circunscritas unicamente ao Brasil, e, a partir de uma perspectiva da História Global do Trabalho, pretende-se refletir sobre as conexões e as comparações com o caso do Império Português, nas formulações sobre a África, ao longo do mesmo período. |