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Introdução: A terapia CAR-T usa células T do próprio paciente modificadas geneticamente para combater o câncer. Estudos mostram que a CAR-T direcionada ao CD19 é eficaz contra leucemias, especialmente a leucemia linfoblástica aguda recidivante/refratária. No entanto, a produção de células CAR-T pode ser insuficiente. Para superar isso, células NK modificadas (CAR-NK) combinadas com células CAR-T têm mostrado potencial, aumentando a atividade antitumoral. Objetivos: Explorar as inovações e desafios da terapia CAR-T, destacando os seus resultados em ensaios clínicos, limitações e possíveis soluções com células NK que ainda estão sendo estudadas. Material e métodos: Realizaram-se buscas nas bases de dados: PubMed Central, SciELO, Blood Cancer Journal via Nature Portfolio, medRxiv por meio do Cold Spring Harbor Laboratory Press e Journal for Immuno Therapy of Cancer pela BioMed Central. Os artigos selecionados abordavam a terapia com células CAR-T em diferentes contextos clínicos, focando na terapia CART-T e do potencial sinérgico com células NK em tratamento de células neoplásicas. Os descritores utilizados foram: “NK cells enhance CAR-T cell antitumor efficacy”, “Modeling and Simulation of CAR T cell Therapy in Chronic Lymphocytic Leukemia Patients” e “CAR-T cell therapy”. Resultados: A terapia com células CAR-T mostra eficácia significativa na leucemia linfoblástica aguda de células B, com taxas de remissão completa entre 70% e 94%. No entanto, enfrenta desafios como o escape de antígeno, onde células tumorais perdem a expressão do antígeno-alvo, tornando as CAR-T ineficazes, sendo esse problema comum em ensaios clínicos com CD19, afetando cerca de 14% dos pacientes com B-ALL. Após condicionamento com ciclofosfamida, 15 de 16 pacientes com CAR-T CD19 alcançaram uma taxa de remissão completa (CR) de 88%. Estudos em crianças e jovens (1 a 30 anos) mostraram uma CR de 70% em 20 pacientes com B-ALL e uma taxa de CR molecular de 60%. A toxicidade e os efeitos fora do tumor são preocupações, com apenas 20-40% dos pacientes com leucemia linfocítica crônica mantendo resposta a longo prazo. A combinação de células CAR-T com células NK mostrou potencial em linfoma não Hodgkin e mieloma múltiplo, apesar dos desafios de migração para tecidos secundários. Discussão: O escape de antígeno é um problema significativo na leucemia linfoblástica aguda, exigindo novas estratégias para combater essa adaptação. As terapias CAR-T, apesar de sua toxicidade, mantêm eficácia com ativação modulada, necessitando ajustes no manuseio para maior segurança. A sinergia com células NK mostrou potencial para aumentar a atividade antitumoral e complementar o tratamento de células resistentes, embora desafios como a migração eficiente para tecidos secundários precisem ser superados. Diante disso, estudos mais aprofundados são necessários para expandir o uso da terapia CAR-T em diversos tumores e pacientes. Conclusão: A terapia CAR-T, uma imunoterapia com células geneticamente modificadas, mostrou-se eficiente, especialmente na leucemia linfoblástica aguda, com altas taxas de remissão. No entanto, enfrenta limitações devido à produção insuficiente de células CAR-T pelo organismo tratado. Estudos indicam que a combinação com células NK modificadas (CAR-NK) pode superar essas limitações. |