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O artigo apresenta uma reflexão teórica sobre a ordem social da interação e sua perspectiva comunicacional, tendo como horizonte de observação a experiência do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para tanto, contextualiza-se a dimensão subjetiva e social na formação do self dos indivíduos, a partir das contribuições de George Mead quanto à dialética entre as esferas do “Eu” e do “Me”. Em seguida, volta-se à proposta conceitual de Erving Goffman para esclarecer como a ordem social das interações pode influenciar a atuação dos indivíduos na cena pública. Por fim, relaciona-se a abordagem goffmaniana com a perspectiva de pessoas autistas, sob o argumento de que esses indivíduos costumam ser lidos como transgressores do ordenamento social e, por isso, recebem penalidades que afetam a convivência em comunidade. |