AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE PODOPLANINA SOLÚVEL EM PACIENTES COM LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA E SUA ASSOCIAÇÃO COM A ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA

Autor: CRP Moraes, CMA Saraiva, BKL Duarte, PM Campos, STO Saad, EV Paula
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 45, Iss , Pp S256- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2023.09.516
Popis: Introdução: a coagulopatia da leucemia promielocítica aguda (LPA) é responsável por uma taxa extremamente alta de sangramento e morte precoce em um grupo de pacientes que apresenta um prognóstico de longo prazo melhor em comparação com outras formas de leucemia mieloide aguda (LMA). Recentemente, a expressão de podoplanina (PDPN), uma proteína que medeia a ativação plaquetária em contextos inflamatórios, por células leucêmicas foi descrita como relevante nessa coagulopatia. Objetivo: Explorar se os níveis circulantes de PDPN podem ser usados como um biomarcador de LPA e se seus níveis estão associados a marcadores clínicos ou laboratoriais de ativação plaquetária e de coagulação em LPA. Materiais e métodos: as amostras foram obtidas de pacientes consecutivos com LPA no momento do diagnóstico no Hospital das Clínicas da Unicamp. Amostras do biobanco de 35 pacientes com outras LMAs pareadas por idade e sexo foram usadas em análises comparativas. Os dados clínicos e laboratoriais foram extraídos dos prontuários. Os níveis circulantes de PDPN foram medidos no plasma (EDTA) usando um kit Elisa comercial. Biomarcadores de ativação plaquetária e de coagulação foram medidos usando ensaios imunológicos multiplex. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e todos os participantes forneceram consentimento informado por escrito. Resultados: os pacientes com LPA estão classificados em grupos de riscos, sendo eles baixo (3 pacientes), intermediário (17 pacientes) e alto (15 pacientes). A frequência de sangramentos, sangramento de SNC e trombose foi respectivamente de 31%, 11% e 8,5%. O fibrinogênio foi menor nos pacientes com LPA quando comparado as outras formas de LMA (115,4 (52,2-376,0) vs 383,2 (147,6-638,2) mg/dL, U = 30,00; p < 0,0001). O teste de Mann-Whitney mostrou que os níveis de PDPN foram significativamente maiores nos pacientes com LPA em comparação com outras formas de LMA (16,4 (0,5-120,5) vs 2,4 (0,37-238,9) ng/mL, U = 399,00; p = 0,01). Os níveis de P-selectina (7.194 (2.213-30.650) vs 11.292 (2.792-235.307) pg/mL, U = 357,00; p = 0,002) e CD40 ligante (100,4 (13,7-559,8) vs 196,6 (89,6-575,9) pg/mL, U = 276,00; p = 0,002) foram menores nos pacientes com LPA quando comparados as outras formas de LMA. Dentre os parâmetros testados, a PDPN correlacionou-se com o biomarcador clássico de ativação plaquetária (CD40L) em pacientes com LPA (RS = 0.603; p = 0,0004). No entanto, os níveis de PDPN não foram associados ao desenvolvimento de sangramento ou trombose entre os pacientes com LPA nesta coorte. Discussão e conclusão: os níveis circulantes de PDPN são mais elevados em LPA e correlacionam-se com evidências laboratoriais de ativação plaquetária. Estudos adicionais são necessários para confirmar esses achados e para explorar ainda mais a associação de PDPN com a apresentação clínica de coagulopatia na LPA.
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