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RESUMO Nas redes públicas de ensino do Brasil tem se estabelecido crescentemente mecanismos mistos de seleção de diretores escolares, no sentido de aferir a competência técnica e política dos candidatos para gerir as escolas. No contexto do processo de descentralização de políticas educacionais e afirmação do paradigma pós-burocrático de matriz gerencial, o plano de gestão, requisito técnico para a seleção dos diretores, constitui-se como instrumento para indução do uso de indicadores educacionais, definição de metas e alcance da eficácia escolar. Com base em análise bibliográfica, documental e entrevistas semiestruturadas, este estudo de caso busca verificar as percepções dos diretores de duas escolas da rede pública municipal do Rio de Janeiro, considerados burocratas do nível de rua, sobre a implementação da diagnose e autoavaliação, etapas constitutivas do plano de gestão nas escolas. Verificamos que as diretoras participantes da pesquisa atuaram com margens de liberdade para gerir o processo, e que baseadas nas distintas experiências e valores atribuíram sentidos diferentes aos planos de gestão. |