SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO ENDOVENOSO EM PACIENTE COM SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS: RELATO DE CASO

Autor: MEM Agati, JT Martins, FM Nogueira, V Rocha
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 45, Iss , Pp S942- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2023.09.1693
Popis: Introdução: A síndrome das pernas inquietas (SPI), ou doença de Willis-Ekbon, é uma condição neurológica incapacitante de etiologia indefinida, provavelmente multifatorial, acometendo aproximadamente de 5 a 10% da população, de acordo com estudos europeus e norte-americanos. Métodos: Neste relato de caso, estudou-se uma paciente atendida na Liga de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), com diagnóstico de SPI com boa resposta ao tratamento com ferro intravenoso. Relato de caso: Paciente feminina, 52 anos, diagnosticada com SPI grave em 2015, sintomática desde a infância. Encaminhada à Hematologia do HC-FMUSP em junho de 2021, com desconforto noturno em membros inferiores associada a movimentação, sensação de volume e formigamento em pernas, com piora à noite e comprometimento do sono. Estava em uso de Pregabalina e Bupropiona, que foram iniciadas há mais de dois anos, sem melhora do quadro. Exames laboratoriais mostraram hemograma normal, com ferritina de 66 ng/mL. Prescrita suplementação venosa de Sacarato de Hidróxido de Ferro 200 mg duas vezes por semana e Sulfato Ferroso oral 40 mg em dias alternados. Após seis meses de reposição, a paciente retorna com melhora significativa dos sintomas, e ferritina 616 ng/mL. Atualmente, a paciente mantém ferritina com valores acima de 600 ng/mL, porém com ressurgimento de sintomas. Discussão: A SPI em paciente ferropênicos usualmente é tratada e responde bem à suplementação de ferro endovenoso, com melhora importante dos sintomas. Ao contrário do que é habitualmente encontrado na literatura, no caso aqui demonstrado a paciente apresenta resposta durante a reposição, porém perdendo resposta quando suspenso o tratamento, mesmo com níveis adequados de ferritina. Conclusão: Até o momento, não foi encontrado tratamento definitivo para a SPI e o substrato bibliográfico para nortear a terapêutica é escasso. Por conseguinte, o manejo da doença ainda é um grande desafio a ser solucionado e é necessária a expansão da bibliografia acerca do tema, de forma a ampliar os horizontes do conhecimento.
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