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Introdução/Objetivo: A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é o tipo mais comum de leucemia em adultos, correspondendo a 36% do total de óbitos por leucemia no Brasil entre os anos de 2008 e 2017. A sobrevida global dos pacientes é de 30% em aproximadamente 5 anos, sendo menor em casos de LMA recidivada ou refratária (LMA R/R). Diante do pontencial de gravidade e complicação da LMA, compreender as modalidades terapêuticas, seus fundamentos biológicos e os desafios associados é fundamental para proporcionar uma visão abrangente sobre as opções disponíveis. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar o uso da CAR-T cell no tratamento da LMA R/R, por meio de uma revisão integrativa. Método: Revisão integrativa com pesquisa realizada no PubMed, utilizando os seguintes descritores do MESH: Acute Myeloid Leukemia, Adoptive Immunotheraphy e Leukemia. Ao realizar a pesquisa avançada 645 artigos foram selecionados, com os filtros ensaio clínico e ensaio clínico randomizado e o recorte temporal 2020 a 2024; 12 artigos foram selecionados. Quatro artigos foram excluídos por não utilizar a terapia CAR-T no tratamento e três artigos foram excluídos por se tratar de terapia com CAR-T na Leucemia Linfoblástica Aguda. Portanto, foram utilizados 5 artigos para a discussão. Discussão/Resultados: No artigo de Tambaro, et al. (2021), 10 pacientes de 18 a 73 anos foram incluidos, um paciente teve mucosite, acometimento da função renal e taquicardia, um teve hipotensão, aumento da bilirrubina, TGO e TGP, todos foram a óbito com a progressão da doença. Zhang, et al. (2021) utilizou o Anti CLL-1 em 4 pacientes pediátricos, um com LMA secundária, outro com LMA após Síndrome Mielodisplásica, outro com LMA primária e um com recaída precoce, desse artigo analisado, 2 pacientes conseguiram remissão após 2 ciclos de tratamento, porém 3 foram a óbito com a progressão do quadro e um estava vivo até a publicação. Silla (2021), utilizou o CAR-T CD56bright/ CD16bright em 16 pacientes e teve uma sobrevida global de 78.6% e uma remissão completa de 50%, incluindo resposta em 3 pacientes com doença do SNC. No artigo realizado por Jin (2022), 10 pacientes com LMA R/R utilizaram o Anti CLL-1 e foram acompanhados por 173 dias, do total, 6 pacientes estavam vivos até o final do seguimento. Na publicação de Sallman (2023), o CAR-T utilizado foi o CYAD-01 com 25 pacientes no estudo, apenas 16 foram tratados, nenhuma morte foi registrada nos 118 dias de acompanhamento. Conclusão: A análise dos artigos sobre pacientes em tratamento para LMA R/R com a terapia de CAR-T cell revela um quadro complexo, dos 65 pacientes que realizaram o tratamento presente nos estudos, 42 fizeram a infusão do CAR-T cell. Embora os resultados sugiram um aumento na expectativa de vida em meses para os pacientes tratados, é crucial considerar o contexto da gravidade das condições dos participantes. A LMA é uma doença com alta taxa de mortalidade e demanda intervenções agressivas. Portanto, mesmo um aumento modesto na sobrevida pode representar um avanço significativo, ou ser incluída como uma terapia que possibilite o transplante. É importante destacar que os pacientes incluídos nos estudos eram gravemente afetados pela doença, o que pode influenciar a generalização dos resultados para uma população mais ampla. |