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Uma reflexão sobre o ato nos campos da clínica e da política a partir da filosofia de Spinoza, partindo da ideia de que ato e pensamento são indissociáveis. Acreditamos que a partir de Spinoza é possível trabalhar simultaneamente nesses dois campos, utilizando as concepções de indivíduo multiplamente composto, razão e direito tanto para pensarmos o indivíduo estritamente considerado, habitando por partes contrárias, quanto os grupos, as instituições, e a vida coletiva. Estabelecendo ressonâncias entre Spinoza, Winnicott e Reich, abordamos a questão da agressividade na clínica enquanto o que permite repelir o que diminui nossa potência, trazendo para clínica o horizonte do conflito e da guerra. Abordamos também o trabalho da imaginação na superação dos afetos tristes, permitindo a afirmação da potência. Chegamos a alguns apontamentos sobre o trabalho clínico no campo da violência de estado e do racismo, o que possibilita pensar as relações entre clínica e militância. Considerando simultaneamente elementos da Ética, e do Tratado Político, chegamos finalmente a fazer aproximações entre o terceiro gênero do conhecimento e o agir humano que nos levarão a uma concepção na qual as “lutas do desejo” são nelas mesmas ilimitadas e eternas. |