Interação entre fitoterápicos e alopáticos anti-hipertensivos na modulação da pressão arterial

Autor: Lília Silva Santos, Ravena Santos Costa, Julita Maria Pereira Borges, Daniel de Melo Silva
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 4, Iss s.1 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-7323
2525-5010
DOI: 10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.76
Popis: Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma morbidade caracterizada pelo aumento sustentado da pressão arterial acima de 140/90 mmHg, com origem multifatorial. O tratamento inclui mudança nos hábitos de vida e uso de medicamentos anti-hipertensivos. Em 2018, 24,7% da população brasileira foi diagnosticada com (HAS). A fitoterapia é baseada no uso de plantas medicinais na cura de doenças. Esta alternativa terapêutica é muito difundida entre as populações desde a antiguidade, de modo que a utilização de plantas para tratar a HAS se tornou um hábito frequente. Objetivo: Investigar a ação de plantas medicinais em estudos de interação com fármacos anti-hipertensivos e os efeitos desencadeados. Métodos: Este trabalho é uma revisão sistemática, feita na base do Google Scholar, no período de 20 anos (de 1999 a 2019), usando os descritores: “interação”, “anti-hipertensivos” e “fitoterápicos”. A busca se limitou aos artigos que atenderam aos critérios de inclusão: (1) efeito hipotensor, (2) interação alopático com fitoterápico, (3) experimento in vivo. Resultados: 27 artigos foram encontrados, e destes, 9 atenderam aos critérios de inclusão. Entre as espécies citadas que podem interagir com medicamentos anti-hipertensivos, estão: o Allium sativum apresentou ação inibitória sobre a enzima conversora de angiotensinogênio (IECA) semelhante a ação do fármaco lisinopril, causando uma diminuição na pressão arterial (PA); o Ginko biloba pode antagonizar os efeitos dos diuréticos, como a hidroclorotiazida, induzindo o aumento da PA, além de aumentar os efeitos adversos de fármacos inibidores dos canais de cálcio (nifedipina e anlodipina); e a Cynara scolymus L. potencializa a ação dos diuréticos, tanto os diuréticos de alça como a furosemida, quanto os tiazídicos como a clortalidona. Nos experimentos, in vivo, foram relatadas algumas substâncias que induzem efeito hipotensor em ratos normotensos e hipertensos, como exemplo: os extratos padronizados de Cecropia glaziovii sneth, extrato aquoso de casca de uva Vitis Rabrusca L. var. Isabel, extrato das folhas de Alibertia edulis, extratos hidroalcoólicos de A. sativum e de Cymbopogon citratus. Poucos trabalhos apontam estudos de toxicidade destes fitoterápicos. O extrato de A. sativum pode desencadear efeitos adversos como náuseas, vômitos e dermatite por contato. Conclusão: O uso concomitante de alopáticos e fitoterápicos pode resultar em efeitos inesperados, inativados ou nos surgimentos de comorbidades que contribuem para o agravamento de doenças. Isso requer um acompanhamento farmacoterapêutico para o monitoramento da modulação da pressão arterial resultante de interação físico-química, farmacocinética ou farmacodinâmica entre os fitoativos e os fármacos anti-hipertensivos e os efeitos adversos e tóxicos envolvidos.
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