Popis: |
Introdução/Objetivos: Em 2015, após a chegada do vírus Zika no Brasil, foram registrados casos de gestantes que tiveram a doença, cujos bebês nasceram com Síndrome da Zika Congênita (SZC), com anomalias como microcefalia. É fundamental a compreensão dos dados clínicos e epidemiológicos a fim de rastrear casos suspeitos dessa síndrome e detectar casos precocemente, buscando a prevenção e promoção de saúde das mães e dos bebês. Diante disso, o presente estudo buscou descrever os indicadores epidemiológicos de casos confirmados de SZC em 2020, no país. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado em todas as regiões do Brasil, no ano de 2020, utilizando como base de dados o Sistema de Agravos de Notificação - SINAN, com recém-nascidos (RN) com diagnóstico confirmado de SZC. As seguintes variáveis foram selecionadas: idade materna, raça/cor da mãe; momento de diagnóstico, sintomas de infecção por Zika vírus na gestação; peso ao nascer; presença de microcefalia no nascimento; presença de outras anomalias congênitas (AC), ocorrência de óbito. Resultados: Foram contabilizados 43 casos de SZC confirmados no Brasil em 2020, dos quais sete foram na Região Norte; oito no Nordeste; 22 no Sudeste; seis no Centro-Oeste e nenhum no Sul. Quanto às características maternas, 26 (61%) tinham entre 20 e 34 anos, 24 (56%) eram pardas; Quanto ao diagnóstico, 32 (75%) foram no pós-parto. Quanto ao quadro clínico materno durante a gestação, observou-se os seguintes sintomas: cefaleia (7%), mialgia (7%), artralgia (5%), exantema (16%) e prurido (9%). Não foram registrados conjuntivite, edema articular, hipertrofia de gânglios e acometimento neurológico. Sobre o RN, 23 (53%) foram do sexo masculino; 19 (44%) nasceram com baixo peso ( |