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Desde o seu surgimento na Europa, em meados de 1960, os ecomuseus vêm se consolidando como um símbolo de identidade e transformações territoriais e comunitárias, tendo como principal missão o resgate da relação entre o território, o patrimônio material e imaterial e a comunidade. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar o caso do Museo della Canapa, um ecomuseu desenvolvido com o propósito de resgate e valorização da paisagem cultural de Sant’Anatolia di Narco, uma pequena vila medieval localizada na província da Úmbria, região central da Itália. Para o desenvolvimento deste estudo, além de revisitar as referências bibliográficas acerca de ecomuseu e paisagem cultural, foi realizada uma viagem de estudos para pesquisa de campo junto ao ecomuseu supracitado. A partir dos dados coletados durante a pesquisa e do desenvolvimento deste estudo, pode-se perceber que, com base em resgates da história local, associado a releituras contemporâneas, que consideram o patrimônio material e imaterial, heranças, memórias e saberes, é possível redescobrir o próprio patrimônio cultural. Um patrimônio até então percebido a partir de uma perspectiva saudosista, adaptando-o às novas expectativas e necessidades da comunidade local, que voltam a incorporar esses traços culturais em seu cotidiano, por meio de ferramentas sociais que contribuem para a transformação e o desenvolvimento das comunidades locais. |