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Até o momento, pouca atenção tem sido dada ao impacto do big data no Sul Global, onde cerca de 60% dos residentes estão abaixo da linha da pobreza. O big data se manifesta de formas novas e sem precedentes nestes contextos negligenciados. Por exemplo, a Índia criou identidades nacionais biométricas para seus 1,2 bilhão de habitantes, vinculando-os a regimes de assistência social e iniciativas de empreendedorismo social, como o projeto Ushahidi, que aproveitou o crowdsourcing para fornecer mapas de crise em tempo real para ajuda humanitária. Embora esses projetos sejam de fato inspiradores, este artigo argumenta que, no contexto do Sul Global há um preconceito no enquadramento do big data como instrumento de fortalecimento. Este artigo propõe avaliar esses novos desenvolvimentos tecnológicos através da lente de democracias, identidades e geografias baseadas em dados para tornar evidentes suposições e perspectivas normativas neste contexto subexaminado. |