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Introdução: A neuropatia periférica é a complicação mais comum da diabetes, capaz de comprometer todos os tecidos do corpo e ser causa de significativa morbilidade e mortalidade. Apesar da evolução actual da ciência médica, continua complicada e incompleta a compreensão dos efeitos produzidos pelos processos patológicos da neuropatia diabética nas actividades fisiológicas normais e os tratamentos disponíveis são apenas modestamente eficientes no alívio dos sintomas. Objectivo: Realizar uma revisão baseada na evidência, acerca dos actuais conhecimentos sobre patogénese, diagnóstico e tratamento da neuropatia diabética, para servir de base à elaboração de guidelines portuguesas. Metodologia: Foi efectuada uma pesquisa bibliográfica na base de dados MEDLINE/Pubmed, de artigos de revisão publicados nos últimos 10 anos, através da utilização das palavras-chave «diabetic neuropathy» e «neuropatic pain». Foram incluídos no estudo 16 artigos. Conclusões: O quadro clínico da neuropatia pode variar desde formas assintomáticas até à presença de muitas manifestações pouco específicas, somáticas e/ou autonómicas, apresentando-se de duas formas principais: polineuropatia sensitivo-motora simétrica e neuropatia autonómica (cardiovascular, respiratória, digestiva e genitourinária). Menos frequentemente a lesão neuropática é mais localizada, apresentando-se nas formas de: mononeuropatia focal (tibiais, medianos, pares cranianos III, IV, VI e VII); neuropatia multifocal radicular (intercostal, toracoabdominal e lombar); neuropatia multifocal multiplexos e plexopatia ou amiotrofia. A neuropatia diabética é uma complicação frequente da diabetes, multifacetada, que necessita de um leque de drogas muito bem administrado para o controle moderado dos sintomas. As medidas preventivas principais passam pelo bom controlo glicémico e pelo reconhecimento precoce das situações de risco. |