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Objetivamos analisar interações e suas implicações formativas na iniciação científica de alunos da educação técnica de nível médio, a partir da compreensão de sujeitos, orientadores e alunos, que vivenciaram esse processo. Para tanto, valemo-nos de questionários aplicados a orientadores e alunos participantes de projetos de iniciação científica, concluídos entre 2015 e 2017, no Campus Pau dos Ferros do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, na área de Ciências Agrárias. Dos questionários, selecionamos algumas questões sobre as interações dos participantes entre si e com textos e as implicações formativas. Analisamos os dados mediante abordagem qualitativo-interpretativista, fundamentando-nos em subsídios teóricos de diferentes campos: sociointeracionistas (Vigotski, 2007, 2009; Volóchinov, 2017), da área de educação (Demo, 2011a, 2011b, 2012; Lave e Wenger, 2008; Wenger, 1998), dos estudos sobre letramento (Barton et al., 2000; Street, 1984, 2000) e letramento acadêmico (Lea e Street, 1998, 2014). Nas respostas dos questionários, ambos os grupos de participantes declaram que os alunos construíram interações significativas com seus orientadores, assim como estabeleceram contato com textos acadêmicos e realizaram atividades afeitas às práticas de pesquisa científica. Esse processo, segundo eles, propiciou a construção, pelos alunos, de conhecimentos científicos tanto de natureza técnica/formal quanto política. Palavras-chave: iniciação científica; ensino médio; mediação formativa. |
