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Objetivo: : Doadores de sangue atualmente não são rotineiramente rastreados para deficiência de G6PD (G6PDd). O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de mutações de G6PD em doadores de sangue na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM). Materiais e métodos: : Foi realizado um estudo transversal focado em candidatos à doação de sangue, com amostras excedentes do Teste de Amplificação de Ácido Nucleico (NAT) em um total de 5.000 amostras de doadores de sangue. Todas as análises moleculares foram realizadas em triplicata utilizando-se o Sistema de PCR em Tempo Real QuantStudio™6 Flex para as variantes genéticas da G6PD c.202 G>A; c.376 A>G; c.968 T>C; c.563 C>T; c.1339 G>A; c.1192 G>A; c.542 A>T; c.1003 G>A e c.680 G>A. As análises estatísticas foram conduzidas usando os softwares IBM SPSS Versão 22 e o GraphPad Prism Versão 9, com base em cada tipo de variável. Resultados: Foram identificadas amostras positivas para todas as mutações investigadas, correspondendo ao total de 364 (7,28%) doadores, ocorrendo a maioria no sexo masculino (71,7%). As mutações mais prevalentes no estudo foram G6PDA+ (c.376A>G /3,82%); G6PDA- (c.202G>A /1,96%) e G6PDA- (c.202/376 /0,90%). Discussão: O encontro de todas as mutações investidas nos doadores da HEMAOM indica a grande variabilidade genética presente no Amazonas. Neste estudo, dos 10 genótipos identificados, apenas 1 foi duplamente positivo [G6PD A- (c.202G>A/c.376A>G)], correspondendo a 12,36% do total de casos de deficiência de G6PD. Nossos resultados corroboram com diversos outros estudos brasileiros e latino-americanos. Interessante ressaltar que duas variantes raras de Classe I (c.1339G>A e c.1192G>A) foram encontradas em dois doadores, o que, de acordo com a literatura, estariam associadas à G6PDd grave, o que geralmente deveriam ser desqualificados para doação de sangue. Embora este estudo não seja o primeiro a verificar a prevalência da G6PDd em doadores de sangue da cidade de Manaus, até onde sabemos, este estudo inclui o maior número de doadores testados molecularmente para mutações que levam à G6PDd no estado do Amazonas, demonstrando a maior escala para uma melhor visão epidemiológica para G6PDd. Vale ressaltar que mulheres heterozigotas para G6PD não podem ser reconhecidas com precisão usando métodos bioquímicos quantitativos, o que leva a mulheres heterozigotas não detectadas e, portanto, o teste molecular pode ser uma técnica importante e essencial em bancos de sangue. Conclusão: O G6PDd é frequentemente subestimado e geralmente está associado à redução da sobrevivência e da qualidade dos glóbulos vermelhos após o armazenamento. Implementar a triagem para variantes de G6PD no momento da doação é uma medida prudente para aumentar a segurança dos hemoderivados fornecidos pelo banco de sangue regional. Portanto, acreditamos que este estudo refina técnicas subjacentes que podem identificar mutações que levam à G6PDd que podem afetar o armazenamento de bolas de sangue e, desta forma, fornece pistas importantes para ajudar a otimizar a eficácia e a segurança futuras da transfusão de sangue. Em síntese, nossos resultados, juntamente com outros estudos brasileiros, podem fornecer estratégias para triagem, diagnóstico e aconselhamento genético de G6PDd em hemocentros brasileiros. |