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A atual ênfase dada aos espaços verdes insere-se no cenário contemporâneo de crescimento das cidades, de presença do passado orientando as sensibilidades e das facilidades de mobilidade, intra e extra metrópoles. Nesse contexto, a discussão sobre a importância dos jardins históricos, já ativa na área patrimonialista, chegou ao Turismo em anos recentes. O presente artigo tem por objetivo contextualizar os jardins como espaços memorialísticos, com ênfase museológica, assim como registrar suas possibilidades não só para o lazer dos residentes nos locais que os abrigam, como para os turistas. Como metodologia, a revisão bibliográfica priorizou a presença histórica dos jardins no exterior e no Brasil, e a sua atual relação com o Turismo, aplicados no segundo momento, ao contexto do Sítio Burle Marx, situado no Rio de Janeiro, como case de sucesso em termos de jardim histórico, no Brasil. Propõe-se, a partir da Carta de Florença e das conceituações de museu, sistematizar a análise pelos vieses formal, documental, histórico cultural e científico, utilizando-os como indicadores para a sistematização dos dados levantados sobre o Sítio Burle Marx. Conclui-se que os jardins e mais especialmente os jardins históricos, em que pese sua importância como espaços memorialísticos, de lazer e de turismo, ainda são poucos enfatizados no Brasil, em termos de políticas públicas que levem a ações de conservação, sendo o Sítio Burle Marx um caso isolado de boas práticas nestes termos. |
