Universidades Corporativas: quando o saber construído pela humanidade é substituído pelo conhecimento empresarial
Autor: | Lydia Maria Pinto Brito, Ahiram Brunni Cartaxo de Castro |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Innovar: Revista de Ciencias Administrativas y Sociales, Vol 29, Iss 72, Pp 147-162 (2019) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 0121-5051 2248-6968 |
DOI: | 10.15446/innovar.v29n72.77939 |
Popis: | Este estudo emerge das seguintes questões: quais são a lógica e os conceitos que orientam o funcionamento de uma Universidade Corporativa (UC)? Quais são as principais diferenças entre uma universidade tradicional e uma UC? É papel das UCs formar intelectuais orgânicos para o capital? O objetivo desse artigo foi identificar a lógica e os conceitos relacionados à UC. Parte-se do pressuposto de que a UC limita a transmissão de conhecimento universal produzido pela humanidade, e seu currículo é formado somente por elementos de interesse da missão, visão, valores, negócio e estratégias de uma determinada empresa ou grupos de interesse, geralmente com monopólio no seu ramo de ação e cujo foco é prioritariamente o mercado. O presente trabalho consiste num ensaio teórico, que tem autores como Antonio Gramsci, Dermeval Saviani, José Claudinei Lombardi, José Luís Sanfelice e István Mészáros, que fornecem pressupostos críticos de análise de conteúdo, em consonância com Laurence Bardin, com relação as teorias administrativas de conteúdo funcionalista de Jeanne Meister, principal referência internacional, e Marisa Eboli e Cláudio Castro, referências brasileiras. As considerações provisórias sinalizam que as UCs representam mais uma tentativa do capital de forjar a excelência da força de trabalho, a qual promoverá sua própria sobrevivência no futuro. A diferença fundamental entre as Universidades Tradicionais (UTs) e as corporativas é que as primeiras têm como foco a sociedade e o conhecimento produzido pela humanidade e a segunda objetiva o mercado, o lucro e a sobrevivência das organizações no futuro. Finalmente, ao "formar" o empregado restrito aos seus interesses, ela cria, consolida e dissemina, mediante seus intelectuais orgânicos, uma (falsa) ideologia que legitima sua exploração e deixa o formando fragilizado com relação ao mercado de trabalho como um todo e dependente de um ramo de negócio. |
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