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O texto parte da premissa presente no título, e guiado pela necessidade de trazer respostas às perguntas, nomeadamente “como se explica que um país com um histórico de baixo IPP, esteja aparentemente a desafiar as decisões multilaterais relativamente à necessidade de resposta global às mudanças climáticas, e não exploração de recursos energéticos fósseis”, e “qual o impacto desse desafio nas suas abordagens desenvolvimentistas?”, primeiro constrói uma narrativa das circunstâncias dessa actuação, nomeadamente as decisões da COP26 e potenciais impactos sobre os países dependentes de recursos naturais, a matriz energética europeia e a dependência do gás russo, as quais conjugadas, ditaram comportamento de endosso do extrativismo moçambicano, segundo estuda o caso moçambicano, contextualizando a exploração de hidrocarbonetos, caracterizando o endosso extractivista, indicando actores, e razões, e referencia a “ajuda” Russa materializada por mercado potencial resultante do desenlace com a UE, no qual Moçambique pode disputar uma quota, e apresenta o potencial de desenvolvimento associado, e desafios emergentes, e aborda o tema do desenvolvimento com base na exploração de recursos naturais, trazendo lições de boas e más práticas, para refrear euforia e contribuir na reflexão em vista ao desenho de uma trajectória transformacional impactada pelas oportunidades do extrativismo. |